CPI do INSS: Lupi Admite Nomeações, mas Nega Fraudes em Descontos — O que Realmente Aconteceu?
Lupi na CPI: assume nomeações, mas nega fraudes no INSS

O clima estava pesado na CPI mista do INSS nesta quarta-feira. E não era só por causa do ar-condicionado que teima em não funcionar direito. Carlos Lupi, ex-ministro do Trabalho e atual presidente do PDT, sentou na cadeira de depoente e logo deixou claro: veio para falar, mas não para levar culpa de ninguém.

Assumiu de bate pronto as nomeações no instituto. “Sim, indiquei pessoas”, disse ele, sem rodeios. Mas aí vem o pulo do gato — ou melhor, a defesa ferrenha. Lupi foi categórico ao se distanciar de qualquer acusação sobre fraudes em descontos de benefícios. “Isso não passou por mim”, afirmou, com a convicção de quem já viu muitas CPIs na vida.

O ex-ministro não economizou nas palavras. Disse que seu trabalho sempre foi pautado pela legalidade e que eventuais irregularidades devem ser investigadas e punidas. Mas reforçou: ele não está — e nunca esteve — envolvido em esquemas de desvio de verba ou manipulação de descontos.

E as nomeações?

Bom, aqui a coisa fica mais… política. Lupi não nega que fez indicações, prática comum no jogo de poder brasileiro. No entanto, defende que todas seguiram critérios técnicos e legais. “Não nomeamos ninguém sem qualificação”, disparou, levantando a voz em alguns momentos.

Os parlamentares, é claro, não facilitaram. Fizeram perguntas incisivas, queriam detalhes, nomes, datas. Lupi, experiente, alternou entre respostas diretas e evasivas diplomáticas — do tipo “preciso verificar isso melhor”.

E agora?

A CPI continua. E a sensação que fica é que ainda tem muito pano pra manga — ou muita ata pra ler. Lupi saiu do depoimento reforçando sua inocência e criticando o que chamou de “exposição midiática seletiva”.

O brasileiro, claro, fica na expectativa. Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: até onde vão as investigações — e quem mais será chamado para depor?

Uma coisa é certa: essa história ainda vai dar muito o que falar.