
Numa daquelas falas que fazem o país parar para escutar, o Presidente Lula soltou o verbo e não economizou nas palavras. A mensagem foi clara, direta e, convenhamos, um tanto quanto alarmante.
O chefe do executivo deixou escapar uma preocupação que muita gente já sentia, mas poucos tinham a coragem de vocalizar: a extrema-direita brasileira não só está viva como respira com uma força que assusta. E olha que não é pouco.
O Fantasma da Anistia
Lula jogou luz sobre um assunto espinhoso – o risco real de anistia para envolvidos em atos antidemocráticos. Sabe aquela sensação de que certas coisas poderiam ser varridas para debaixo do tapete? Pois é, o presidente basicamente confirmou que a ameaça existe e é mais concreta do que imaginávamos.
"Temos que ficar de olho," parece ter sido a mensagem não dita, mas claramente sentida em cada palavra.
O Congresso: Campo de Batalha
E não para por aí. O Palácio do Planalto já está se preparando para o que promete ser uma das legislaturas mais conturbadas dos últimos tempos. Lula não usou exatamente essas palavras, mas a ideia transmitida foi essa: apertem os cintos, porque a turbulência no Congresso vai ser brava.
O presidente, com aquela experiência de quem já navegou por águas muito mais perigosas, parece estar se armando – retoricamente, claro – para enfrentar uma oposição que não está para brincadeira. A polarização, longe de diminuir, ganha novos contornos e promete acirrar os ânimos em Brasília.
O que me faz pensar: será que estamos diante de um novo ciclo de tensão política? Lula, com seu faro apurado para crises, parece acreditar que sim.
O Jogo de Poder
O mais interessante – e preocupante – é como o presidente dimensionou a força adversária. Não se trata de uma oposição tradicional, daquelas que discordam mas respeitam as instituições. A fala de Lula pintou um quadro diferente: um movimento organizado, vigoroso e com capacidade real de embaralhar o jogo democrático.
E no meio disso tudo, a ameaça de anistia paira como uma espada de Dâmocles sobre o processo político. É como se o presidente estivesse dizendo: "Podem até ganhar algumas batalhas, mas a guerra pela democracia não está perdida".
Resta saber como essa narrativa vai se desenrolar nos corredores do poder. Uma coisa é certa: o clima em Brasília promete ficar quente – e não é por causa do tempo.