
Olha, vou ser sincero: essa história de anistia geral para os condenados da Lava Jato tá mais para conversa de boteco do que para proposta séria. E não sou só eu que penso assim – lá no Congresso, a coisa não anda nem a pau.
O governo até tentou, não vou mentir. Mas é aquela velha história: querer não é poder. A proposta, que mais parece um balão de ensaio, esbarra numa realidade dura e crua. A base aliada simplesmente não engole essa. E olha que não é por falta de tentativa.
Os números não fecham, e ponto final
Os líderes partidários já fizeram as contas – e não, não é matemática avançada. A conta simplesmente não bate. Para uma proposta dessas passar, seria preciso um apoio que… bem, que não existe. A resistência é tão grande que chega a dar pena.
Não é sobre esquerda ou direita, viu? A questão é mais profunda. Até parlamentares do próprio governo torcem o nariz. Uns porque temem a reação da opinião pública – que, convenhamos, não está nada animada com a ideia. Outros porque sabem que juridicamente é uma canoa furada.
E o Supremo? Melhor nem contar com isso
Ah, e tem outro detalhezinho: o STF. Mesmo que por um milagre – e olha que milagre político é raro – a proposta passasse no Congresso, ia ter que enfrentar os ministros do Supremo. E ali, meus amigos, a rejeição é quase unânime.
Os próprios assessores jurídicos do Planalto já sinalizaram: é bater com a cabeça na parede. E ninguém gosta de dor de cabeça, não é mesmo?
O que me deixa pensativo é: por que insistir numa proposta condenada ao fracasso? Será que é para agradar a alguma base específica? Ou talvez seja apenas para mostrar que "estão tentando"? Política, como sabemos, tem dessas coisas – muita encenação para pouco resultado.
O legado da Lava Jato ainda pesa
Não dá para ignorar o elefante na sala: a Lava Jato marcou o país. Marcou a política, a economia, e principalmente a opinião pública. Tentar reverter isso com uma canetada… bem, é pedir para passar vergonha.
Até mesmo entre os parlamentares que criticaram a operação há reticências. Uns porque temem o custo político. Outros porque acham a proposta juridicamente frágil. E tem aqueles que, entre quatro paredes, admitem: alguns condenados merecem mesmo estar onde estão.
No fim das contas, a anistia geral parece mesmo aquela promessa de ano novo – todo mundo fala, ninguém cumpre. E assim segue o tabuleiro político: muito movimento, pouca ação concreta.
Para quem esperava uma virada dramática no judiciário… melhor não segurar a respiração. Essa novela ainda vai ter muitos capítulos – e provavelmente nenhum final feliz para os proponentes da anistia.