Anistia em Debate: STF Adia Julgamento e Acirra Polarização no 7 de Setembro
STF adia julgamento sobre anistia e acirra polarização

O placar estava armado, a torcida dividida e os juízes… simplesmente resolveram adiar a partida. Não é futebol, claro. É política pura, daquela que esquenta os ânimos e define rumos. O Supremo Tribunal Federal, numa jogada que pegou muitos de surpresa, resolveu tirar da pauta – pelo menos por ora – o tão aguardado julgamento sobre a anistia a militares envolvidos no chamado golpe de 1964.

Parece coisa de cinema, mas é a realidade brasilis. O ministro Luís Roberto Barroso, que comandaria a sessão, simplesmente arquivou o tema. E o fez sem muito alarde, quase que num suspiro. O resultado? Um alívio para alguns, uma frustração amarga para outros, e uma polarização que promete ecoar forte no 7 de Setembro.

O Adiamento Estratégico e o Fantasma da Data Magna

Ninguém é bobo. Adiar uma decisão dessa magnitude às vésperas do Dia da Independência não é mera coincidência. É cálculo político puro. O clima já estava pesado, com os ânimos exaltados de ambos os lados. Colocar mais lenha nessa fogueira agora seria, no mínimo, temerário.

O processo em questão é um verdadeiro cabo de guerra histórico. De um lado, quem defende que a anistia já concedida é um capítulo encerrado, uma pedra que não deve ser remexida. Do outro, os que argumentam que crimes cometidos por agentes do Estado durante a ditadura não podem – e não devem – ser perdoados. É uma discussão que mexe com feridas ainda abertas na nossa sociedade.

E Agora, José?

Com o adiamento, a pergunta que fica é: o que esperar? O julgamento não tem previsão para voltar à pauta, o que deixa todos num limbo desconfortável. Os defensores da revisão da anistia se sentem frustrados, como se a justiça lhes fosse mais uma vez negada. Já o outro lado vê no adiamento uma vitória tática, um respiro para organizar suas defesas.

Uma coisa é certa: o tema não vai esfriar. Pelo contrário. A polarização tende a aumentar, alimentando discursos inflamados de ambos os extremos. O 7 de Setembro, que já prometia ser um evento efervescente, ganha mais um ingrediente explosivo.

O STF, com essa manobra, mostrou que está mais do que ciente do peso político de suas decisões. Às vezes, não decidir é também uma decisão. E ela reverbera com força total.