
Numa daquelas cerimônias que ficam na memória — sabe quando o clima fica meio arrepiante de tão significativo? — a deputada federal Luiza Erundina recebeu, nesta sexta-feira (26), o título de Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). E olha que não foi só mais um diploma pra pendurar na parede: foi um reconhecimento à altura de uma vida dedicada à luta social.
Quem conhece a trajetória da parlamentar — aquela mistura de coragem e teimosia que só os grandes líderes têm — não se surpreende. Mas mesmo assim, no auditório lotado, dava pra ver gente enxugando os olhos. "É como se a universidade estivesse dizendo: ‘Olha, a gente viu o que você fez’", comentou uma professora, enquanto ajustava a beca.
Por que ela?
Ah, se fosse só listar os feitos da deputada, a gente ficaria aqui até amanhã. Desde os tempos em que desafiava o status quo como prefeita de São Paulo (lembra disso?) até os discursos inflamados no Congresso em defesa dos direitos humanos, Erundina construiu — tijolo por tijolo — uma carreira que mistura política e ativismo. E a UFPB, com seu faro afiado para reconhecer quem realmente faz diferença, não deixou passar batido.
"Não é todo dia que a gente vê uma homenagem dessas", disse o reitor, segurando o pergaminho como quem carrega algo precioso. E de fato era: o título de Honoris Causa é a maior honraria acadêmica, reservada pra quem — como Erundina — "transborda" a política e vira referência.
O que rolou na cerimônia?
- Discursos que pareciam poesia — um deles até citou Drummond, pra variar
- Professores e alunos formando aquela fila interminável para cumprimentos
- A própria homenageada, surpreendentemente emocionada (algo raro para quem está acostumada aos holofotes)
Curiosidade: você sabia que esse é o segundo título do tipo que ela recebe? O primeiro veio da Unicamp, em 1996. Mas, como diria o povo, "reconhecimento nunca é demais", não é mesmo?
No final, entre abraços e fotos, Erundina soltou uma daquelas frases que resumem tudo: "Isso aqui não é sobre mim — é sobre todas as vozes que carrego comigo". E aí, dá pra discordar?