Um vídeo que tá pipocando por aí — principalmente em grupos de WhatsApp e páginas de teorias da conspiração — está sendo compartilhado com uma narrativa mais furada que peneira velha. Dizem que mostra a filha do ministro Luís Roberto Barroso, do STF, sendo escoltada por policiais em um aeroporto nos Estados Unidos. Só que tem um probleminha: é mentira deslavada.
O material, na verdade, é antigo e não tem absolutamente nada a ver com o ministro ou sua família. Parece que alguém pegou um vídeo qualquer de arquivo e resolveu inventar uma história pra causar alvoroço. Típico, né?
De onde saiu essa lorota?
O tal vídeo começou a circular depois que Barroso — que também é presidente do TSE — virou alvo de ataques de certos grupos políticos. Coincidência? Acho que não. A imagem mostra uma mulher loira (que nem se parece com a filha do ministro, diga-se) caminhando entre agentes. Nada de extraordinário, mas a legenda inventada fez a fantasia voar longe.
Detalhe curioso: quem compartilha isso nem se dá ao trabalho de checar a origem. Se fizessem, descobririam que as imagens são de um incidente banal em Miami, lá em 2019. Nada a ver com o Brasil ou com o STF.
Por que isso importa?
Além de ser fake news clássica, esse tipo de boato é perigoso. Espalha desconfiança nas instituições e cria um clima de caos onde não existe. E o pior? Tem gente que cai como patinho. Será que não cansam de acreditar em qualquer coisa que aparece na internet?
Ah, e pra quem ainda tá em dúvida: a assessoria do STF já confirmou que a história não tem pé nem cabeça. A filha de Barroso nem estava nos EUA no período em que o vídeo foi gravado. Pronto, tá explicado.
Moral da história: antes de compartilhar, pare, pense e — quem diria? — verifique. A internet já tem confusão demais pra gente alimentar mais uma.
