Tragédia no Morumbi: São Paulo vacila feio, perde para a LDU e complica vida na Libertadores
São Paulo vacila, perde para LDU e complica na Libertadores

Parecia que não dava. Mas deu. E como doeu. O São Paulo, que tinha tudo para decidir a classificação nas próximas rodadas, simplesmente capitulou em casa para a LDU e agora se vê encurralado em uma das situações mais incômodas do futebol: a dependência dos resultados alheios.

O time de Luis Zubeldía entrou em campo sabendo da importância da vitória. O primeiro tempo, francamente, foi mais para esquecer. Uma mescla de ansiedade, passes imprecisos e uma estranha falta de conexão entre os setores. A LDU, pragmática como sempre, se fechou e esperou sua hora. E que hora.

O segundo tempo foi um pouco melhor, vamos ser justos. O Tricolor conseguiu criar mais, pressionar, mas esbarrou em um velho conhecido: a ineficiência. As finalizações iam para fora, para as mãos do goleiro ou, nos momentos mais cruéis, batiam na trave. Parecia que o gol sairia a qualquer momento, uma questão de tempo. Só que o tempo, ah, o tempo é traiçoeiro.

O Gol que Calou o Morumbi

Os acréscimos já rolavam. A torcida, naquele misto de esperança e desespero, acreditava no milagre. Só que o milagre veio do lado errado. Em uma jogada rápida e letal, a LDU aproveitou um contra-ataque. A defesa são-paulina, que parecia sólida até então, simplesmente desapareceu. A bola cruzada na área, a sobra, a rede balançando. E um silêncio atordoado tomou conta do estádio.

Foi daqueles golpes que doem no peito. Um verdadeiro balde de água fria nos planos do clube. A sensação imediata foi de incredulidade. Como perder assim, tão perto do fim?

E Agora, José?

A matemática agora fica complicada. Muito complicada. Com essa derrota, o São Paulo estaciona nos 5 pontos e vê a LDU disparar na liderança do grupo com 10. O Botafogo, com 7, também abre vantagem. A equipe paulista agora não só precisa vencer seus últimos jogos como também torcer – e muito – por tropeços dos seus concorrentes diretos.

É uma posição desconfortável para um time que começou a competição com certa altivez. A pergunta que fica é: onde foi parar aquele time eficiente e seguro das primeiras rodadas? A sequência de jogos? O cansaço mental? A pressão? Provavelmente um pouco de tudo isso.

O fato é que a estrada para as oitavas de final, que parecia um tapete vermelho, agora está cheia de pedras. Resta saber se o Tricolor tem o calçado adequado para percorrê-la. A resposta, como sempre, virá em campo.