
Parece que as redes sociais viraram um verdadeiro campo minado de desinformação — e dessa vez o alvo foi ninguém menos que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Um vídeo que supostamente mostra a filha dele sendo algemada nos Estados Unidos viralizou, mas esqueça o que você viu: é falso da água pro vinho.
O material, que circula em grupos de WhatsApp e perfis suspeitos no X (antigo Twitter), foi montado com imagens de arquivo e edições grosseiras. Nem precisava ser expert em Photoshop pra perceber os recortes mal feitos e a iluminação inconsistente. Sério, até minha avó — que mal sabe enviar um áudio — notaria que tem coisa errada aí.
Como a mentira se espalhou?
Pois é, o vídeo começou a pipocar na quinta-feira (31), justamente quando o ministro participava de um evento jurídico internacional. Coincidência? Difícil acreditar. Algumas contas anônimas (clássico!) usaram a hashtag #BarrosoCai pra tentar criar um clima de crise institucional. Típico golpe baixo de quem não tem argumento.
- Primeiro erro crasso: a suposta "filha" no vídeo nem parece com a verdadeira
- Segundo: as imagens da suposta prisão são de um caso antigo em Miami, de 2019
- Terceiro: a voz do suposto policial foi dublada com sotaque caricato
O G1 checou com fontes próximas ao ministro e confirmou: a filha dele está tranquilamente no Brasil, sem nenhum problema legal. Aliás, ela postou stories no Instagram hoje mesmo — coisa que dificilmente faria se estivesse sendo algemada do outro lado do mundo, não é mesmo?
Por que isso importa?
Num momento onde as instituições brasileiras estão sob ataque constante, espalhar esse tipo de lorota é mais perigoso do que parece. Não é só sobre o ministro — é sobre criar um clima de instabilidade que beneficia quem? Exatamente: os mesmos de sempre.
E olha que curioso: o vídeo surgiu horas depois de Barroso defender, em discurso, medidas mais duras contra as fake news. Tá achando que é coincidência demais? Eu também.
Fica o alerta: antes de compartilhar, pare, respire e cheque. Se a história parece boa (ou ruim) demais pra ser verdade, provavelmente é mentira. E no caso desse vídeo, nem precisou de muita investigação — os erros saltam aos olhos como um post-it amarelo num muro cinza.