STF Libera PF para Usar Dados do COAF em Investigação de Corrupção em Sorocaba
STF libera PF para usar COAF em caso de corrupção em Sorocaba

Eis que o Supremo Tribunal Federal acaba de virar o jogo numa investigação que promete abalar as estruturas políticas de Sorocaba. Num movimento ousado — e bastante significativo — o ministro Dias Toffoli liberou o acesso da Polícia Federal a relatórios ultra-sigilosos do COAF. A ordem veio rápido, sem rodeios.

Não se trata de qualquer investigação, claro. A PF está atrás de um suposto esquema de corrupção entranhado na prefeitura da cidade. E olha, os valores não são baixos: estamos falando de desvios que podem chegar a milhões. Coisa séria, pra não dizer assustadora.

O que muda com a decisão?

Antes, a PF precisava de autorização judicial caso a caso para cada relatório. Agora, com o aval do STF, os investigadores podem mergulhar fundo nos dados financeiros sem ter que parar a cada nova pista. Toffoli basicamente deu sinal verde para que a força-tarefa acesse tudo de uma vez.

E não foi por acaso. O ministro considerou que a quebra de sigilo é "imprescindível" para o avanço das apurações. Algo como abrir a porteira para deixar a investigação correr solta. A expectativa, claro, é que documentos antes trancados a sete chaves agora revelem operações financeiras suspeitas de servidores e talvez até de empresários ligados ao poder público.

Por que Sorocaba?

Pois é. A cidade, que sempre pareceu tranquila no interior paulista, agora está no centro do que pode ser uma das investigações de corrupção municipal mais barulhentas dos últimos anos. A operação já tem até nome: ‘Operação Emissário’. Soa grandioso — e pelo andar da carruagem, a coisa é grande mesmo.

Resta saber quem está na mira. A PF não soltou nomes ainda, mas fontes próximas ao caso dizem que a investigação mira alto. Muito alto. A quebra de sigilo do COAF costuma ser a pá de cal em operações desse tipo — afinal, dinheiro não some sozinho.

Enquanto isso, em Sorocaba, o clima é de tensão disfarçada. Quem trabalha no centro do poder local já sente o cheio de mudança no ar. E com o STF dando as cartas, dificilmente essa história vai morrer quieta.

Fica o registro: mais um capítulo da Lava Jato municipal? Só o tempo — e os relatórios — dirão.