Tensão explode na Síria: drusos e beduinos rompem cessar-fogo em confrontos violentos
Violência entre drusos e beduinos rompe cessar-fogo na Síria

Não demorou nem uma semana. O que parecia ser uma trégua frágil entre drusos e beduinos no sul da Síria virou pó — literalmente. Explosões, tiroteios e uma névoa de tensão tomaram conta da região de Sweida nesta quarta-feira, deixando todos de cabelo em pé.

Segundo fontes locais (que preferiram não se identificar, claro), os confrontos começaram por volta do amanhecer. Motivo? Ah, aquele velho caldeirão de disputas por terra, influência e — como não poderia faltar — honra. Coisa séria.

O estopim

Detalhes são escassos, mas sabe como é: numa região onde um olhar torto vira caso de família, qualquer faísca vira incêndio. Dizem que tudo começou com um desentendimento entre jovens das comunidades. Só que, no lugar da conversa, vieram os kalashnikovs.

E olha que irônico: exatamente na área onde, há poucos dias, líderes tribais haviam jurado paz sobre o Alcorão. Mas, entre promessas e prática no Oriente Médio… bem, você conhece a distância.

Números que doem

  • Pelo menos 3 mortos confirmados — número que pode subir
  • Casas e plantações destruídas no fogo cruzado
  • Estradas bloqueadas, comércio paralisado

Não é de hoje essa rixa. Os drusos, minoria religiosa esotérica com raízes profundas na região, sempre viram os beduinos nômades com certa… digamos, desconfiança mútua. Já os beduinos, esses sim, acham que a terra é de quem a ocupa — e ponto final.

"É como tentar apagar gasolina com água quente", resumiu um professor universitário de Damasco que pediu anonimato. "Sem mediação internacional, isso aqui vira um loop infinito."

E agora?

Enquanto isso, o governo sírio — já sobrecarregado com uma guerra civil que não acaba mais — tenta conter os ânimos. Mas convenhamos: depois de 12 anos de caos, a autoridade de Damasco no interior é mais teórica que prática.

Moradores relatam que milícias locais estão se armando até os dentes. E a ONU? Ah, a ONU emitiu aquele comunicado padrão, cheio de "profunda preocupação" e "apelo ao diálogo". Sabe aquele discurso que todo mundo ignora? Pois é.

Para piorar, a região é um quebra-cabeça geopolítico: Rússia, Irã, Israel e até os EUA têm interesses ali. Nesse jogo de xadrez, drusos e beduinos são peões que, vez ou outra, viram rei — mas só por um dia.