
Numa jogada que mistura cálculo estratégico e revide direto, a Ucrânia decidiu não ficar de braços cruzados. Após uma série de bombardeios russos que deixaram cidades inteiras em frangalhos, os ucranianos miraram onde mais dói: no bolso e na infraestrutura energética do adversário.
Pelo menos três refinarias de petróleo russas — aquelas que abastecem tanques e aquecem casas — viraram alvo de ataques precisos. Não foi por acaso: essas instalações ficam a centenas de quilômetros da fronteira, mostrando o longo alcance das forças ucranianas.
O jogo das consequências
Especialistas em geopolítica já anteveem o efeito dominó. Com refinarias atingidas:
- Os preços do combustível podem disparar na Rússia
- A capacidade logística militar fica comprometida
- O mercado global de energia recebe mais um choque
"É como cortar as veias do inimigo", comentou um analista sob condição de anonimato. "Só que, neste caso, o sangue é petróleo."
Do outro lado da trincheira
O Kremlin, é claro, não ficou satisfeito. Fontes próximas ao governo russo classificaram os ataques como "atos de terrorismo desesperado" — ironia não tão fina, considerando os métodos frequentemente usados por Moscou.
Enquanto isso, nas ruas de Kiev, a reação foi mais calorosa. "Finalmente estamos jogando no mesmo campo", disse um residente, entre sorrisos amarelos e olhares para o céu, sempre à espera do próximo alarme aéreo.
O que vem agora? Difícil prever. Mas uma coisa é certa: essa guerra, que já completou mais de dois anos, está longe de acabar. E cada movimento, como esses ataques às refinarias, reescreve as regras do jogo — com consequências que vão muito além das fronteiras em conflito.