
O tabuleiro geopolítico parece estar esquentando — e dessa vez, os mares são o palco principal. Logo depois que Donald Trump soltou aquela frase bombástica sobre "lidar com adversários de forma dura", os russos e chineses meteram o pé no acelerador de exercícios militares conjuntos. Coincidência? Difícil acreditar.
Nessa semana, imagens de satélite mostraram uma movimentação incomum: navios de guerra das duas potências treinando técnicas de detecção e neutralização de submarinos nas águas do Pacífico. E olha que não foi qualquer treino — fontes do Pentágono dizem que envolveram sistemas de sonar de última geração e até drones subaquáticos. Parece que alguém está levando a sério as bravatas do ex-presidente americano.
O jogo das sombras nas profundezas
Quem acompanha o noticiário militar sabe: caçar submarinos é como procurar agulha no palheiro — só que o palheiro tem o tamanho do oceano e a agulha pode carregar mísseis nucleares. Os especialistas estão de olho em três pontos:
- Tecnologia compartilhada: A Rússia tem know-how em guerra submarina desde a Guerra Fria, enquanto a China investiu pesado em sistemas modernos. Juntas, viram uma ameaça e tanto.
- Timing suspeito: Os exercícios começaram exatamente 72 horas após Trump prometer "medidas duras" contra adversários em comício na Flórida.
- Área estratégica: O local escolhido fica perto de rotas comerciais vitais e zonas disputadas no Mar da China Meridional.
"Isso não é só demonstração de força — é um recado cifrado", analisa o professor de relações internacionais Carlos Mendes, da PUC-Rio. "Mostram que podem fechar o cerco a qualquer frota submarina que se aproxime de suas costas."
E os EUA nessa história?
O Pentágono minimiza, claro. Dizem que monitoram "como sempre fazem" e que as marinhas americanas estão "preparadas para qualquer cenário". Mas entre as linhas... dá pra sentir a tensão. Um oficial que pediu anonimato confessou: "Ninguém esperava que reagissem tão rápido às declarações de Trump".
Enquanto isso, na Casa Branca, o clima é de cautela. Biden evitou comentar diretamente, mas ordenou revisão das estratégias navais no Pacífico. Parece que o xadrez geopolítico ganhou mais uma peça — e dessa vez, ela opera nas profundezas.