
O mundo virou os olhos para Gaza novamente, mas dessa vez por um motivo que deixou até os mais céticos de cabelo em pé. Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, pegou o telefone e discou para um dos nomes mais respeitados da cristandade: o patriarca ortodoxo Teófilo III, conhecido como Leão 14. O assunto? Um ataque que abalou os alicerces de uma igreja na Faixa de Gaza, deixando feridos e um rastro de indignação.
Não foi um simples "alô, como vai?". A conversa foi tensa, direta ao ponto — como quem tenta apagar um incêndio com palavras antes que as chamas consumam o pouco que resta de diálogo na região. Do outro lado do mundo, em Roma, o Papa Francisco não perdeu tempo. Com aquele jeito calmo que só ele tem, mas com firmeza de quem já viu guerra demais, pediu o óbvio: "Parem as bombas. Sentem-se à mesa."
O que de fato aconteceu?
Segundo relatos, a igreja de São Porfírio — sim, aquela que sobreviveu a impérios, cruzadas e conflitos sem fim — tremeu com o impacto. Feridos, pânico, vidros estilhaçados. Um lugar que deveria ser refúgio virou alvo. E olha que ironia: abrigava famílias desesperadas, gente que fugia justamente dos ataques.
Netanyahu, é claro, veio a público dizer que foi "erro de cálculo". Mas será que em guerra existe margem para equívocos? O patriarca, por sua vez, não comprou a explicação. "Inaceitável", resumiu, com aquele tom de quem já esgotou o vocabulário para descrever tragédias.
E o Vaticano?
Francisco, o papa que carrega no rosto as marcas de tantos apelos não ouvidos, falou como pai preocupado. "Basta de violência", disse, quase implorando. Mas no meio do tiroteio de discursos, sua voz parece um sussurro no furacão. Enquanto isso, a ONU — aquela instituição que vive de resoluções que ninguém cumpre — soltou o habitual "estamos profundamente preocupados".
O que resta agora? Contar os escombros. Rezar pelos feridos. E torcer para que o cessar-fogo pedido pelo pontífice não vire só mais um capítulo esquecido nessa guerra sem fim.