
Em um passado não muito distante, Irã e Israel mantinham uma relação de cooperação estratégica, algo que parece inimaginável diante dos ataques verbais e ameaças mútuas que marcam a relação atual entre os dois países.
Uma aliança improvável
Durante a década de 1960, sob o regime do Xá Reza Pahlavi, o Irã reconhecia Israel e os dois países mantinham laços diplomáticos e econômicos. Teerã chegou a fornecer petróleo a Israel, enquanto recebia assistência militar e tecnológica em troca.
O que mudou?
A Revolução Islâmica de 1979 marcou o ponto de virada. O novo regime iraniano, liderado pelo Aiatolá Khomeini, adotou uma postura radicalmente antissionista:
- Rompeu relações diplomáticas com Israel
- Passou a apoiar grupos como o Hezbollah
- Adotou discursos que negam o Holocausto
O conflito nuclear e as sanções
Nas últimas décadas, o programa nuclear iraniano se tornou o principal ponto de discórdia:
- Israel acusa o Irã de buscar armas nucleares
- O Irã afirma que seu programa é pacífico
- As sanções internacionais tensionaram ainda mais a relação
Especialistas apontam que a rivalidade se transformou em um jogo de xadrez geopolítico, com ambos os países buscando influência na região através de proxies e ações encobertas.