Barcos com famílias de reféns protestam: 'Chega de guerra em Gaza!'
Famílias de reféns protestam no mar por paz em Gaza

Numa cena que misturava desespero com esperança, dezenas de barcos zarparam hoje como se fossem mensageiros de um apelo que o mundo não pode mais ignorar. As famílias — com olhos vermelhos de tanto chorar, mas com vozes firmes — carregavam fotos daqueles que foram arrancados de seus braços no fatídico 7 de outubro.

"É como se o mar estivesse chorando conosco", disse uma mãe cujo filho de 23 anos está entre os sequestrados. O vento levava os cartazes para todos os lados, mas nada abalava a determinação daqueles que já perderam a conta dos dias sem notícias.

O protesto que virou símbolo

Organizado pelo grupo "Bring Them Home Now", o ato não foi só mais um grito no oceano. Cada barco — desde pequenas embarcações de pesca até iates — transformou-se num palco flutuante de dor e resistência. Alguns participantes chegaram a jogar ao mar mensagens em garrafas, num gesto que misturava poesia com protesto.

E não era só israelenses. Turistas curiosos em caiaques paravam para ler os cartazes. Até um grupo de ativistas palestinos — sim, você leu certo — aproximou-se para mostrar solidariedade. "Nenhuma mãe merece passar por isso", gritou uma delas, num momento que arrancou lágrimas até dos mais durões.

O que realmente querem?

  • Pressão por um acordo imediato que liberte todos os reféns
  • Fim dos combates que dificultam as negociações
  • Maior envolvimento da comunidade internacional

Enquanto isso, em terra firme, a situação continua tensa. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu insiste que a operação militar continuará, mas as famílias — essas sim, especialistas em sofrimento — não aceitam mais promessas vazias. "Queremos ação, não discursos", resumiu um avô de 72 anos que participou do protesto.

O que começou como um ato simbólico pode estar virando ponto de virada. Até quando o mundo vai assistir a essa tragédia como mero espectador? A pergunta ficou pairando no ar salgado, sem resposta.