
Não é todo dia que você ouve falar de um brasileiro no meio de uma guerra. Mas, para esse catarinense, estar em combate sempre foi mais do que um desejo — era quase uma vocação. Segundo familiares, desde jovem ele demonstrava uma coragem que beirava a temeridade. "Ele sempre quis estar onde a ação acontece", contou um parente, com um misto de orgulho e preocupação na voz.
Agora, esse mesmo espírito aventureiro o levou para o coração do conflito na Ucrânia. Longe do litoral tranquilo de Santa Catarina, ele enfrenta realidades que poucos conseguem imaginar. "Sabemos que ele está fazendo o que sempre quis", disse o familiar, tentando disfarçar a angústia com um sorriso.
Um chamado para a ação
Desde criança, ele era o tipo de pessoa que não se contentava em ficar na plateia. Enquanto outros fugiam do perigo, ele corria em direção a ele — seja em brincadeiras de rua ou nos treinamentos militares que tanto o fascinavam. "Ele tinha um brilho nos olhos quando falava sobre servir", lembra o familiar.
Quando a guerra estourou na Ucrânia, a decisão foi quase instantânea. Para ele, era a chance de colocar em prática tudo aquilo em que acreditava. "Não foi surpresa para ninguém da família", admitiu o parente. "Só esperávamos que ele escolhesse um lugar... menos perigoso."
O peso da distância
Cada notícia sobre o conflito na Ucrânia chega como um soco no estômago para a família. Eles acompanham as atualizações com um nó na garganta, torcendo para que seu nome não apareça nas listas de baixas. "É difícil explicar o que sentimos", confessou o familiar. "Orgulho e medo, numa mistura que não dá para separar."
Enquanto isso, do outro lado do mundo, o catarinense enfrenta dias que testam seus limites físicos e emocionais. Mas, segundo os poucos relatos que chegam, ele está exatamente onde acredita que deve estar — no olho do furacão, vivendo intensamente cada momento.
Para a família, resta a esperança de vê-lo novamente, contando histórias que, com sorte, serão apenas lembranças de um passado distante. Até lá, seguem firmes, como soldados em sua própria batalha particular: a de manter viva a chama da esperança.