
Não foi com meias palavras que o chanceler brasileiro se manifestou nesta terça-feira (28). No plenário das Nações Unidas, onde o silêncio costuma ser estratégico, ele soltou o verbo — e como! A plateia internacional ouviu, entre surpresa e consternação, mais um capítulo da crescente tensão diplomática envolvendo o governo brasileiro e o Estado de Israel.
"Algumas nações insistem em ignorar o direito internacional", disparou o ministro, com aquela cara de poucos amigos que conhecemos bem. O recado? Nem tão subliminar assim. A referência às operações militares israelenses na Faixa de Gaza deixou poucas dúvidas sobre o alvo das críticas.
O tom da discordância
Diferente daquele diplomês cheio de rodeios, o discurso foi direto ao ponto — quase um soco no estômago da convenção. Três vezes em menos de 15 minutos, o representante brasileiro citou "violações sistemáticas" e "ataques desproporcionais". A sala, é claro, dividiu-se entre aplausos discretos e olhares atravessados.
E não pense que foi só retórica vazia. O ministro trouxe números ("mais de 200 escolas destruídas"), nomes de organizações humanitárias e até trechos específicos de convenções internacionais violadas. Preparo? De sobra. O Itamaraty claramente fez a lição de casa.
Repercussão imediata
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização foi instantânea:
- Defensores da Palestina comemoraram a "coragem" do posicionamento
- Grupos pró-Israel acusaram o Brasil de "distorcer fatos"
- Analistas políticos debatem se a estratégia fortalece ou isola o país
Curiosamente, a embaixada israelense em Brasília limitou-se a um comunicado genérico — sinal de desconforto ou cálculo estratégico? Difícil dizer. O que sabemos é que o clima nas relações bilaterais está mais frio que inverno na Patagônia.
E você, o que acha? Postura necessária ou passo em falso na diplomacia? Uma coisa é certa: o Brasil não pretende ficar de platéia nesse tabuleiro geopolítico. Resta saber a que preço.