
Imagine sair de casa cedo, pegar a estrada e, de repente, se deparar com uma fila interminável de carros parados. Foi exatamente o que aconteceu com centenas de motoristas na BR-101, no Rio Grande do Norte, nesta terça-feira (23).
Por volta das 6h da manhã — sim, bem na hora do rush —, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) resolveram interditar um trecho da rodovia, próximo a Natal. E não foi algo rápido: a paralisação durou mais de quatro horas, deixando todo mundo de cabelo em pé.
O caos no asfalto
Quem estava ali, preso no meio do engarrafamento, teve que se virar nos 30. Alguns desistiram e voltaram para casa; outros tentaram rotas alternativas, mas sabe como é — quando uma via principal fecha, o caos se espalha como rastro de pólvora.
"Fiquei duas horas parado", contou um caminhoneiro, visivelmente irritado. "Nem café eu consegui tomar direito." E olha que ele tinha sorte: muitos ficaram ainda mais tempo no sufoco.
Reivindicações e respostas
O MST, claro, não fez isso por acaso. Segundo os manifestantes, a ação foi um protesto contra — prepare-se — a demora na reforma agrária e os "descasos do governo". Eles queriam chamar atenção, e conseguiram, ainda que deixando meio mundo de cabelos brancos no caminho.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegou a negociar com o grupo, mas só por volta das 10h30 a situação começou a se normalizar. Até lá, quem passou por ali teve que respirar fundo e contar até dez — ou até cem.
E agora? Bom, a BR-101 está liberada, mas o clima continua tenso. Será que vai ter mais protestos? Ninguém sabe ao certo, mas uma coisa é fato: quando o MST resolve agir, todo mundo sente no trânsito.