
Donald Trump está no centro de mais uma polêmica — e dessa vez, o assunto são as tarifas comerciais. Segundo analistas, o ex-presidente dos EUA está tentando dar uma roupagem legal a medidas protecionistas, usando investigações como justificativa. Será que isso cola?
Não é de hoje que Trump mexe no vespeiro do comércio internacional. Se antes eram tweets inflamados, agora a estratégia parece ser mais calculada — pelo menos na superfície. A ideia? Usar relatórios de investigação para embasar aumentos de tarifas, criando uma narrativa de "defesa nacional" ou "segurança econômica".
Jogando xadrez com a economia global
Os especialistas ouvidos pelo Notícias ao Minuto não parecem muito convencidos. "É uma tentativa clara de criar cobertura legal para políticas que, francamente, são mais protecionistas do que estratégicas", dispara um economista que prefere não se identificar. Outros são mais diretos: "Isso tem cheiro de cortina de fumaça".
O que está em jogo aqui vai além do óbvio:
- Impacto nas relações comerciais com aliados tradicionais
- Risco de retaliações que podem afetar setores específicos da economia americana
- Precedente perigoso para futuras administrações
Curiosamente, essa não é a primeira vez que Trump tenta esse tipo de manobra. Durante seu mandato, ele já usou a Seção 232 — aquela que trata de "ameaças à segurança nacional" — para impor tarifas sobre aço e alumínio. Só que agora, parece que o jogo ficou mais sofisticado (ou seria mais desesperado?).
E o Brasil nessa história?
Embora o foco principal seja a China, os ventos protecionistas de Trump sempre acabam soprando por aqui. Lembra daquela história do aço brasileiro? Pois é. Especialistas alertam que, se essa nova estratégia vingar, pode abrir caminho para mais medidas do tipo contra nossos produtos.
"O perigo é criar um efeito dominó", comenta uma fonte do mercado financeiro. "Quando um país grande como os EUA começa a inventar justificativas para tarifas, todo mundo se sente no direito de fazer o mesmo."
Enquanto isso, os mercados ficam de olho — e com o pé atrás. Afinal, nesse jogo de xadrez geopolítico, até as peças parecem ter vontade própria. Resta saber se essa jogada de Trump vai render pontos ou se vai acabar em xeque-mate contra a própria economia americana.