
Parece que o fogo resolveu fazer a festa em Marília este ano. Segundo dados fresquinhos do INPE, os incêndios ambientais na região deram um salto de quase 20% em 2025 — e olha que nem estamos no auge da temporada seca ainda.
Os números são pra deixar qualquer um de cabelo em pé: de janeiro a julho, os satélites já flagraram mais focos de calor que em todo o ano passado. E não é só impressão não — os bombeiros tão vivendo no corre, com ocorrências que parecem pipocar do nada.
O que tá pegando fogo?
Os terrenos baldios viraram alvo preferencial das chamas, mas as áreas de vegetação nativa também tão sofrendo na mão. E não me venha com aquela história de "ah, deve ter sido acidente". A maioria esmagadora tem dedo humano — seja por descuido ou má-fé mesmo.
"É uma combinação perigosa", explica o tenente Silva, do Corpo de Bombeiros local. "Tem o clima seco, é claro, mas também o aumento de lixo acumulado e aquela velha mania de queimar resto de poda."
Efeito dominó
O estrago vai muito além da fuligem que suja a roupa no varal. A qualidade do ar na cidade piorou tanto que até os médicos tão reclamando — as consultas por problemas respiratórios subiram na mesma proporção que as chamas.
- Animais silvestres fugindo desesperados
- Plantas nativas que levavam anos pra crescer, viram cinza em horas
- E aquela névoa que parece ter vindo direto de um filme apocalíptico
E olha que o pior pode estar por vir. Com a previsão de poucas chuvas nos próximos meses, a situação tende a ficar — literalmente — mais quente.
E agora, José?
Enquanto isso, a prefeitura tenta apagar fogo na administração (e não só no sentido figurado). Campanhas de conscientização foram reforçadas, mas parece que a mensagem não tá pegando — ou melhor, tá pegando fogo junto.
Alguns moradores mais antigos até arriscam teorias: "Antigamente era diferente, o pessoal tinha mais cuidado". Será? Ou será que a cidade cresceu demais e o respeito pela natureza ficou pra trás?
Uma coisa é certa: se continuar nesse ritmo, Marília vai precisar de mais que bombeiros — vai precisar de um milagre.