Pois é, o tão comentado 'tarifaço' veio para ficar, mas pelo menos agora há uma tábua de salvação no horizonte para quem sentiu o baque. O BNDES, aquele banco de desenvolvimento que todo mundo conhece, decidiu entrar em cena de forma bastante assertiva.
Não é pouca coisa, viu? Estamos falando de nada menos que R$ 1,2 bilhão em linhas de crédito especiais. A ideia é simples, mas genial: oferecer um fôlego financeiro para as empresas que foram pegas de surpresa pelo aumento das alíquotas de importação. A medida federal, que pegou muita gente desprevenida, complicou a vida de quem depende de insumos estrangeiros para produzir aqui dentro.
O programa funciona através do chamado BNDES Giro – Confiança, que basicamente vai disponibilizar crédito para capital de giro. A taxa? Bem interessante, diga-se de passagem: TJLP + 2,5% ao ano. Para quem não está familiarizado com esses termos, isso significa um custo bem abaixo do que se encontra por aí no mercado tradicional.
Mas calma lá que não é para todo mundo. O crédito é destinado especificamente para empresas que comprovem ter sido impactadas pelo aumento das tarifas. E olha, o banco foi bem esperto nisso – criou um mecanismo que prioriza justamente quem mais precisa, evitando que recursos preciosos caiam em mãos erradas.
O que muita gente não percebe é o efeito dominó que essas medidas causam. Quando o custo para importar componentes sobe, toda a cadeia produtiva sente. Preços aumentam, competitividade cai e jobs podem ficar em risco. Essa iniciativa do BNDES parece ser um reconhecimento tardio, mas bem-vindo, dessa realidade complexa.
É claro que R$ 1,2 bilhão não vai resolver todos os problemas do universo empresarial brasileiro – longe disso. Mas é um começo, uma demonstração de que alguém lá em cima está pelo menos tentando jogar um pouco de água no feijão que ameaçava queimar.
Resta saber se as empresas vão conseguir acessar esse crédito com a agilidade necessária. Porque, convenhamos, de nada adianta um belo programa de financiamento se a burocracia for tão assustadora quanto o próprio tarifaço.
