Dólar dispara e Ibovespa despenca: o que está acontecendo no mercado financeiro?
Dólar sobe e Ibovespa cai: mercado em dia turbulento

Parece que o mercado financeiro brasileiro acordou de mau humor hoje. E quando digo mau humor, é daqueles que fazem até o investidor mais experiente coçar a cabeça e pensar duas vezes antes de checar o aplicativo do banco.

O dólar comercial simplesmente decidiu que hoje era dia de esticar as pernas – fechou a sessão cotado a R$ 5,87, uma alta de 0,65% que não chega a assustar, mas definitamente incomoda. Enquanto isso, o Ibovespa... bem, digamos que preferiu ficar de resguardo, recuando 0,31% e fechando nos 119.388 pontos.

O cenário internacional: ventos contrários

Lá fora, a coisa não está muito mais animadora. Os futuros do índice S&P 500 nos Estados Unidos operavam em queda de 0,34%, enquanto os do Nasdaq recuavam 0,44%. Na Europa, o clima era similar: Frankfurt caía 0,63%, Paris perdia 0,51% e Londres registrava queda de 0,39%.

E tem mais – os juros futuros nos EUA subiam, com a taxa do Tesouro americano para 10 anos chegando a 4,39%. Isso, meus amigos, é receita certa para um dia turbulento nos mercados globais.

Matéria-prima em baixa: petróleo não ajuda

Para completar o cenário não muito animador, o petróleo tipo WTI caía 0,80%, sendo negociado a US$ 79,15 o barril. Quando o petróleo espirra, as bolsas mundiais pegam pneumonia – e parece que hoje foi um daqueles dias.

No mercado de criptomoedas, nem mesmo o Bitcoin escapou do clima cinzento, recuando 0,80% para US$ 57.805. Parece que ninguém queria saber de risco hoje.

E no Brasil? O que esperar?

Com esse cenário internacional, era quase inevitável que o mercado doméstico sentisse o baque. O real perdeu força frente ao dólar, e as ações brasileiras – que vinham de uma sequência não muito ruim, diga-se de passagem – resolveram dar uma pausa nos ganhos.

Os setores mais sensíveis aos humores internacionais, como commodities e papéis ligados ao consumo, foram os que mais sofreram. Já os defensivos... bem, esses até que se saíram relativamente bem, como era de se esperar.

O que me faz pensar: será que é apenas um ajuste técnico depois de tantos dias de alta, ou estamos vendo os primeiros sinais de uma correção mais pronunciada? Só o tempo – e os próximos pregões – dirão.

Uma coisa é certa: dias como hoje lembram a todos que o mercado é um animal de humores voláteis. Um dia está te abraçando, no seguinte te dá uma rasteira. E assim segue a dança das cotações – imprevisível, emocionante e, às vezes, um pouco frustrante.