
Numa daquelas falas que só ele tem o dom de soltar, Donald Trump voltou a causar rebuliço no cenário internacional. O ex-presidente dos EUA — aquele mesmo que não sabe o que é discurso comedido — disparou: "Países deveriam estar de joelhos agradecendo pelos anos de carona que tiveram". E não, ele não estava falando de Uber.
O contexto? Aquelas tarifas comerciais que ele adora como criança adora doce. Segundo Trump, o mundo inteiro se aproveitou por décadas da "generosidade" americana enquanto os EUA "pagavam a conta sozinhos". Conveniente esquecer que economia global não funciona exatamente como uma conta de bar, não é mesmo?
O jogo das cadeiras tarifárias
Lembram daquela fase em que Trump basicamente declarou guerra comercial contra meio mundo? Pois é, parece que o ex-presidente sente saudades. Em suas declarações — que mais parecem tiradas de reality show —, ele defende que as tarifas são "o maior presente" que os EUA já deram aos parceiros comerciais.
"Eles roubaram nossos empregos, nossas fábricas, nosso almoço e ainda querem sobremesa", disparou, numa mistura de drama shakespeariano com discurso de boteco. Apesar da retórica inflamada, especialistas apontam que a abordagem "arranca-toco" de Trump pode ter custado mais aos contribuintes americanos do que aos supostos "aproveitadores".
E o Brasil nessa história?
Ah, nosso querido país não escapou da lista de "inimigos comerciais" do magnata. Quem não lembra daquele rolo todo com o aço brasileiro? Trump chegou a chamar nosso metal de "ameaça à segurança nacional" — o que, convenhamos, é criativo até para os padrões dele.
Curiosamente, agora ele sugere que países como o Brasil deveriam "mandar flores" para a Casa Branca por terem tido acesso privilegiado ao mercado americano por tanto tempo. Alguém avisa que flores não pagam conta de alfândega, né?
Enquanto isso, analistas econômicos torcem o nariz. "Essa narrativa de que o mundo inteiro vivia às custas dos EUA é, no mínimo, simplista", comenta um especialista que prefere não entrar na mira do Twitter do ex-presidente.
Uma coisa é certa: com Trump, o espetáculo — seja político ou econômico — nunca acaba. E os mercados globais? Bem, esses continuam fazendo o que sempre fizeram: tentando sobreviver entre um tweet e outro.