
Numa daquelas jogadas que só ele sabe fazer, Donald Trump soltou o verbo nesta segunda-feira (22) e deixou todo mundo de queixo caído. O ex-presidente dos EUA — aquele mesmo que adora um holofote — anunciou com pompa e circunstância que americanos e japoneses fecharam um acordo comercial que ele mesmo classificou como "gigantesco". E quando Trump fala em gigante, a gente já sabe que o bicho vai pegar.
Detalhes? Ah, esses ele deixou um pouco nebulosos, como de costume. Mas pelas entrelinhas — e conhecemos bem o estilo do magnata —, parece que a coisa é grande mesmo. O que se sabe até agora é que o acordo envolve setores estratégicos como tecnologia, automóveis e quem sabe até aquela briga antiga por tarifas de importação que sempre rende bons capítulos nessa novela.
O jogo das cadeiras globais
Enquanto os mercados ainda mastigam a notícia, especialistas já começam a traçar os possíveis impactos. Num mundo onde China e Europa andam redefinindo suas cartas na mesa, esse movimento entre EUA e Japão pode ser aquele empurrãozinho que faltava para virar o tabuleiro. Ou, quem sabe, apenas mais um episódio nessa série sem fim que é a geopolítica econômica.
"Quando dois pesos pesados decidem dançar juntos, todo mundo olha", comenta um analista que prefere não se identificar. E ele tem razão: seja para comemorar ou se preocupar, o fato é que o anúncio já está ecoando nos corredores de Brasília, Bruxelas e Pequim.
E o Brasil nessa história?
Bom, nosso país — sempre na corda bamba entre China e EUA — pode sentir o baque ou se beneficiar, dependendo de como os ventos sopram. Se o acordo incluir, por exemplo, flexibilizações para produtos agrícolas, nosso agronegócio pode ganhar fôlego. Mas se a briga por mercados acirrar... bem, aí a conta pode chegar salgada.
Uma coisa é certa: num momento onde todo mundo fala em desglobalização, ver duas potências costurando laços mais estreitos é no mínimo... curioso. Será que estamos diante de uma nova era nas relações comerciais ou apenas de mais um capítulo naquele livro grosso chamado "Realpolitik"? O tempo — e os tweets do Trump — dirão.