
Parece que o dragão da inflação finalmente está dando uma cochilada — e o mercado financeiro já sente o cheiro de alívio no ar. Segundo o último Focus, aquela pesquisa semanal do Banco Central que todo mundo acompanha com um pé atrás, a previsão para o IPCA em 2025 caiu de 5,11% para 5,07%. Nada de espetacular, mas quando se trata do nosso suado dinheiro, até centavos contam.
Os economistas — aqueles seres que vivem entre gráficos e xícaras de café amargo — estão revendo seus cálculos como quem ajusta a mira diante de um alvo móvel. E olha que interessante: essa é a quarta semana consecutiva em que as projeções recuam. Alguém aí lembra daquele ditado "quando a esmola é demais, o santo desconfia"? Pois é.
O que está por trás dos números?
Entre os bastidores desse pequeno alívio, três personagens roubam a cena:
- Commodities se comportando melhor que adolescente em visita da sogra
- Câmbio que parou de fazer pirraça (pelo menos por enquanto)
- Expectativas de que o BC não vai inventar moda com os juros
Mas calma lá antes de soltar fogos! Como diria meu avô, "previsão econômica é como previsão do tempo: acerta por acidente". Ainda tem muita água pra rolar debaixo dessa ponte — especialmente com a geopolítica mundial fazendo seu habitual show de horrores.
E o consumidor no meio disso tudo?
Para quem vive no mundo real — aquele onde o leite custa o que custa e o pão não tem preço de balcão — a queda nas expectativas é como um gole de água fresca no deserto. Só que... (sempre tem um "só que") os preços seguem altos e a corda bamba da economia pode balançar a qualquer momento.
No fim das contas, o que importa é: será que dessa vez o alívio vai chegar de verdade no bolso do brasileiro, ou vai ser mais um daqueles "quase lá" que a gente conhece tão bem? O tempo — e as prateleiras do supermercado — vão nos contar.