
Parece que a conta chegou — e não é nada barata. O Ministério da Fazenda fez as contas e o resultado é de deixar qualquer um de cabelo em pé. A equipe econômica atual se deparou com um rombo programado para daqui a dois anos, algo que beira os impressionantes R$ 76,5 bilhões. E adivinhem só? A origem dessa encrenca toda está nas decisões tomadas pelo governo de Jair Bolsonaro.
Não é brincadeira. Esse valor colossal, que foi detalhado em um documento técnico da Secretaria de Orçamento Federal, representa despesas que já estão com data marcada para vencer em 2026. São compromissos que foram assumidos anteriormente e que agora não têm mais volta. O ministro Fernando Haddad já deve estar com os neurônios a mil.
De Onde Vem Essa Bomba Relógio?
O relatório é claro como água. A maior parte desse valor, algo em torno de R$ 73,3 bilhões, está diretamente ligada a uma única decisão: a chamada "PEC da Precatórios". Aquela manobra que remarcou o pagamento de dívidas do governo com a União. Na prática, eles empurraram o problema com a barriga, mas as parcelas não sumiram — só foram remarcadas para um futuro distante. E esse futuro, ora, é agora.
Mas a lista não para por aí. Outros R$ 3,2 bilhões são heranças de outros projetos de lei que foram aprovados na época. É como se o governo anterior tivesse feito uma farra de cartão de crédito e deixado a fatura para o próximo inquilino pagar.
E Agora, José?
O que isso significa na prática? Bom, o governo Lulo terá que lidar com um orçamento já estrangulado por esses compromissos inevitáveis. Isso limita — e muito — a capacidade de criar novos programas sociais, investir em infraestrutura ou mesmo melhorar serviços públicos. É uma amarraça financeira das bravas.
Especialistas que acompanham o tema já sinalizam que o cenário é, no mínimo, preocupante. Encaixar essa despesa extra no orçamento federal vai exigir malabarismos fiscais e muito controle sobre outros gastos. Uma verdadeira operação de resgate.
Enfim, o passado volta para assombrar o presente. E o pior: com juros e correção. O Brasil parece sempre refém de decisões de curtíssimo prazo que geram consequências de longo alcance. E quem paga a conta, no final das contas, é sempre o mesmo.