
Pois é, setembro chegou trazendo uma surpresa e tanto para quem acompanha o câmbio com o coração na mão. O dólar comercial — aquele que a gente vê no noticiário — fechou esta quinta-feira (28) cotado a R$ 4,90, uma queda de incríveis 0,67%. Não é pouca coisa.
E não para por aí. No acumulado do mês, a moeda norte-americana já acumula uma desvalorização de mais de 3,5%. Quem diria, hein? O ano começou turbulento, mas parece que as águas estão ficando mais calmas — pelo menos por enquanto.
Mas Afinal, Por Que Essa Queda Toda?
Os especialistas — aqueles que vivem de decifrar os humores do mercado — apontam alguns fatores bem concretos por trás dessa baixa. Um deles é o recente anúncio do governo americano sobre a revisão do seu crescimento econômico no segundo trimestre. A atividade por lá não foi tão forte quanto se esperava, o que, em termos leigos, tira um pouco do brilho do dólar perante outras moedas.
E tem mais: aqui mesmo no Brasil, a aprovação da nova regra fiscal pelo Congresso Nacional deu um fôlego danado à confiança dos investidores. É sinal de que talvez — só talvez — a gente esteja no caminho de um controle maior das contas públicas. O mercado gosta disso, e muito. Ele respira aliviado e o real ganha força.
E Agora, É Hora de Comprar?
Essa é a pergunta de um milhão de dólares, literalmente. Com a cotação em baixa, muita gente já está com o dedo no gatilho do aplicativo do banco. Se você está planejando uma viagem internacional para o final do ano ou precisa fazer uma remessa, pode ser um momento interessante. Mas atenção: o mercado cambial é um negócio volátil, um verdadeiro cassino de nervos de aço.
Ninguém tem uma bola de cristal, mas a sensação geral é de cautela. Aproveitar a baixa pode ser uma jogada inteligente, mas é bom não colocar todos os ovos na mesma cesta. O cenário internacional ainda é instável, com a China desacelerando e a guerra na Ucrânia longe de terminar. Qualquer sobressalto lá fora pode fazer o dólar disparar de novo por aqui.
Fica a dica: acompanhe, estude e, se for comprar, não seja ganancioso. Às vezes, o barato que sai caro é esperar cair mais um pouquinho e acordar com a cotação nas alturas no dia seguinte.