
Parece piada, mas não é. Enquanto o país discute política e futebol, o tomate em Florianópolis decidiu fazer sua própria revolução — um salto de 34% no preço em apenas um mês. A capital catarinense, conhecida por suas praias deslumbrantes, agora tem outro título menos glamoroso: líder nacional em inflação.
Segundo os dados mais recentes, a situação é tão crítica que até os moradores mais abastados estão repensando aquele molho de tomate caseiro do domingo. "Parece que estamos pagando por ouro vermelho", brincou uma dona de casa no Mercado Público, enquanto escolhia tomates menores para economizar.
O que está por trás desse caos nos preços?
Especialistas apontam uma combinação explosiva: problemas climáticos nas regiões produtoras, aumento nos custos de transporte (sim, o diesel pesou nessa) e aquela velha lei da oferta e demanda — parece que todo mundo resolveu fazer salada ao mesmo tempo.
Mas não é só o tomate que está dando dor de cabeça. A cesta básica como um todo subiu consideravelmente, colocando Florianópolis no topo de um ranking que nenhuma cidade quer liderar. E olha que a temporada de verão nem começou direito!
Efeito dominó na economia local
Os restaurantes — muitos deles focados no turismo — já sentem o impacto. Alguns estabelecimentos estão reduzindo porções ou buscando alternativas criativas nos cardápios. "Ou a gente repassa pro cliente, ou engole o prejuízo", desabafa um dono de restaurante da Beira-Mar.
Para piorar, essa alta nos alimentos básicos chega num momento delicado, quando outras despesas como energia e gás também pesam no orçamento familiar. O sonho de morar no paraíso está ficando cada vez mais caro.
Será que vem mais por aí? Os economistas estão divididos. Alguns acreditam num alívio nos próximos meses com a entrada de novas safras, enquanto outros temem que a situação possa piorar antes de melhorar. Enquanto isso, os florianopolitanos aprendem novas receitas — algumas até sem tomate.