Embraer voa alto: carteira de pedidos atinge pico em 8 anos mesmo com tarifação de Trump
Embraer atinge pico de pedidos apesar de tarifas

Numa reviravolta que deixou até os analistas mais céticos de queixo caído, a Embraer — nossa joia da aviação — acaba de bater um recorde e tanto. Enquanto o mundo ainda sentia o baque das tarifas impostas por Donald Trump, a fabricante brasileira fez o que sabe de melhor: voar acima da turbulência.

Os números falam por si: 298 aeronaves encomendadas só no último trimestre. Isso representa o maior volume desde aquela crise de 2016 — lembra? — quando o setor ainda se recuperava daquele tombo feio.

O segredo? Nem só de asas vive um avião

Conversando com gente do ramo, descobri um detalhe curioso. Enquanto os concorrentes globais patinavam com problemas na cadeia de suprimentos (ah, essa pandemia...), a Embraer apostou pesado em três pilares:

  • Diversificação geográfica: espalhou clientes por 5 continentes como quem joga sementes ao vento
  • Agilidade operacional: reduziu tempos de entrega quando todo mundo estava atrasando
  • Inovação a jato: lançou novas configurações justamente quando o mercado mais precisava

Não foi sorte. Foi estratégia — daquelas que se desenham em mesas de reunião até altas horas, com muito café e planilhas.

E o elefante na sala? As tarifas!

Ah, sim... aquele pacote de medidas protecionistas que deixou todo mundo de cabelo em pé. Pois é, enquanto alguns previam o apocalipse, a Embraer fez como o bambu — curvou-se sem quebrar. Redesenhou rotas comerciais, otimizou custos e, pasmem, até ganhou mercado nos EUA mesmo com as barreiras.

"Foi como jogar xadrez 4D", brincou um executivo que preferiu não se identificar. "Quando eles fecharam uma porta, nós encontramos três janelas — e um alçapão."

O que vem por aí?

Os próximos meses prometem. Com:

  1. Novos contratos na Ásia (aquele mercado que todo mundo cobiça)
  2. Parcerias tecnológicas que vão deixar os concorrentes com inveja
  3. E um plano ousado para a aviação regional

Parece que a Embraer decidiu escrever seu próprio manual de sobrevivência empresarial. E, pelo visto, as primeiras páginas estão sendo um sucesso.

Resta uma pergunta: será que esse fôlego todo vai durar? Bom, se depender do otimismo que encontrei na fábrica de São José dos Campos, diria que sim. Mas como dizem por lá, "avião no chão é prejuízo certo — o negócio é manter voando".