
O Ministério Público Federal (MPF) decidiu botar o pé no acelerador — e não foi no asfalto. Em Vila Velha, no Espírito Santo, a justiça pode derrubar, literalmente, construções que avançaram onde não deveriam: a beira-mar. E olha que não é pouco: falamos de imóveis erguidos em área de preservação permanente, aquele espaço que a lei protege pra evitar desastres ambientais.
Parece óbvio, né? Mas tem gente que insiste em construir como se as regras fossem sugestões. O MPF não só pediu a demolição como quer que os responsáveis paguem multa — e não é mixaria não. A conta pode ficar salgada.
O que tá em jogo?
Praia bonita é pra todo mundo, mas alguns resolveram privatizar. As construções irregulares não só ferem a lei como colocam em risco o ecossistema local. Imagine só: dunas destruídas, vegetação nativa sumindo e o mar avançando onde não deve. Não é alarmismo, é física básica.
E não adianta chorar as pitangas agora. O MPF foi claro: se tá irregular, cai. Ponto. A decisão ainda depende do juiz, mas a pressão é grande — e com razão.
E os moradores?
Aí é que tá o busílis. Tem gente que comprou imóvel achando que tava tudo certo, só pra descobrir que o negócio tinha mais furo que queijo suíço. Agora, pode sobrar pro bolso e pro coração — perder casa dói, mesmo que a construção não devesse existir.
Mas o MPF não tá com papo furado: a ordem é priorizar o meio ambiente. E olha que a região não é qualquer uma — estamos falando de um cartão-postal capixaba, aquele tipo de lugar que atrai turista até no inverno.
Pra piorar (ou melhorar, depende do lado), tem até imóvel que invadiu área pública. Nesse caso, a discussão nem deveria existir — é terra da União, gente. Não é sua, não era pra ter construído.
O que esperar?
Se a justiça bater o martelo, preparem-se para cenas dramáticas: máquinas chegando, paredes caindo e, quem sabe, muita gente chorando. Mas também pode ser um recado pra quem acha que a lei é flexível como bambu no vento.
Enquanto isso, Vila Velha fica nesse suspense — será que vão derrubar tudo? Será que vão achar uma saída? Uma coisa é certa: o meio ambiente não negocia.