BC pisa no freio: PIB de 2025 desacelera para 2% e inflação ainda ameaça estourar o teto
BC reduz PIB 2025 para 2% e inflação segue acima da meta

Parece que o otimismo começou a esfriar no Banco Central. Nesta quarta-feira, a autoridade monetária soltou suas novas projeções e a realidade chegou com um tom mais sóbrio. A expectativa para o crescimento da economia brasileira em 2025 foi revisada para baixo – e não foi pouco.

Em vez dos 2,3% previstos anteriormente, o BC agora mira um avanço do PIB de apenas 2%. É como se tivessem tirado o pé do acelerador, reconhecendo que a estrada econômica anda mais cheia de obstáculos do que se imaginava. Quem diria, né?

E a inflação? Teimosa como sempre

Enquanto isso, a inflação continua dando trabalho. O famoso IPCA, aquele índice que aperta o bolso de todo mundo, ainda está projetado para fechar o ano acima do centro da meta – que é de 3% –, batendo na casa dos 3,5%. O pico máximo da previsão chega a assustadores 3,8%!

Os técnicos do BC seguem vendo a inflação estourando a meta pelo menos até o final de 2025. Parece que aquele fantasma ainda não quer nos deixar em paz. E olha que a meta é considerada estourada quando o índice fica acima do limite de 4,5%.

Detalhes que fazem a diferença

O Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje, traz outros números importantes. Para 2026, a projeção do PIB subiu ligeiramente de 2% para 2,1%. Já a inflação esperada para o ano que vem ficou estável em 3,5%.

  • PIB 2025: Caiu de 2,3% para 2,0%
  • Inflação 2025: Mantida em 3,5% (com teto de 3,8%)
  • PIB 2026: Subiu de 2,0% para 2,1%
  • Inflação 2026: Estável em 3,5%

Não é à toa que o Copom mantém os juros básicos em 10,5% ao ano desde maio. A sensação é que estão num verdadeiro cabo de guerra entre segurar a inflação e não estrangular o crescimento. Difícil acertar o ponto certo, concorda?

O que me preocupa é que essa revisão para baixo do PIB pode ser um sinal amarelo para o próximo ano. Será que a economia está perdendo fôlego mais rápido do que esperávamos? Só o tempo – e os próximos relatórios – vão nos dizer.