Tragédia nos Céus do Pantanal: Piloto Sepultado em MS Após Queda de Avião
Piloto morto em queda de avião no Pantanal é sepultado em MS

O céu de Mato Grosso do Sul pareceu um pouco mais pesado nesta sexta-feira. Quem acompanhou o sepultamento de Edmilson Alves, o piloto que perdeu a vida de maneira tão abrupta, sentiu no ar aquela mistura de incredulidade e saudade que só a partida inesperada consegue provocar.

Aconteceu no cemitério Parque das Palmeiras, em Corumbá, uma cidade que respira o ritmo pantaneiro. Familiares, amigos – gente que compartilhou histórias com o Edmilson – se reuniram para a última despedida. Uma cena dura, daquelas que a gente nunca está verdadeiramente preparado para encarar.

O Acidente que Abalou a Comunidade

Tudo havia começado de forma tão rotineira. Na quarta-feira, 24 de setembro, o monomotor T-25, uma aeronave que já tinha suas histórias, decolou para um voo de treinamento. Mas o que deveria ser um dia comum nos céus se transformou numa tragédia silenciosa sobre o Pantanal.

Por volta das 15h30, o impensável aconteceu. A aeronave simplesmente caiu numa área de difícil acesso, a cerca de 30 quilômetros do centro de Corumbá. O impacto foi fatal para Edmilson, que estava sozinho a bordo. O Corpo de Bombeiros levou horas para conseguir chegar ao local – o Pantanal não facilita esse tipo de acesso, é preciso entender.

Uma Vida Dedicada aos Céus

Edmilson não era apenas um piloto. Era um homem de 58 anos que havia construído sua vida em torno da aviação. Um profissional experiente, do tipo que conhecia cada nuance dos céus sul-mato-grossenses. A queda do T-25, uma aeronave de prefixo PT-ECJ, deixou todo mundo perplexo. Como um piloto tão capacitado poderia sofrer um acidente desses?

A Polícia Civil já abriu inquérito para investigar as causas. Enquanto isso, o que resta são as lembranças. Amigos comentavam durante o velório, realizado no próprio cemitério, sobre a paixão dele pelos aviões. Algo que ia muito além do simples trabalho.

O Silêncio que Fica

O Pantanal segue seu curso, com seus ritmos ancestrais. Mas em Corumbá, a ausência do Edmilson vai ecoar por um bom tempo. Sua morte serve como um alerta mudo sobre os riscos que acompanham mesmo os mais experientes quando desafiam os céus.

Restam as investigações, as perguntas sem resposta imediata e, principalmente, a memória de um homem que viveu com intensidade sua paixão pelos aviões. O céu de MS perdeu um de seus filhos mais dedicados. E a terra agora o acolhe, num silêncio que fala mais alto que qualquer palavra.