Justiça Federal rejeita pedido do MPF para barrar avaliação pré-operacional da Petrobras no Amapá
Justiça rejeita pedido para barrar estudos da Petrobras no AP

Em uma decisão que pode impactar o futuro da exploração de recursos no Amapá, a Justiça Federal indeferiu o pedido do Ministério Público Federal (MPF) que buscava barrar a avaliação pré-operacional da Petrobras no estado.

O processo, que tramitava na 2ª Vara Federal do Amapá, analisava a legalidade dos estudos ambientais realizados pela estatal petrolífera. O MPF argumentava que a Petrobras estaria avançando com as atividades sem cumprir todas as etapas necessárias do licenciamento ambiental.

Entenda o caso

Segundo documentos judiciais, a Petrobras iniciou uma série de estudos técnicos na região como parte do processo de avaliação pré-operacional. Esses estudos são essenciais para determinar a viabilidade ambiental de futuras operações na área.

O MPF, por sua vez, alegava que a empresa estaria antecipando etapas do licenciamento sem a devida autorização. O órgão ministerial solicitou a suspensão imediata das atividades até que todas as exigências legais fossem cumpridas.

Decisão judicial

Em sua decisão, o juiz federal responsável pelo caso considerou que os estudos em questão não configuram início de operação, mas sim fase preliminar de pesquisa. O magistrado destacou que:

  • As atividades não caracterizam intervenção direta no meio ambiente
  • A Petrobras está cumprindo com os requisitos mínimos estabelecidos por lei
  • O bloqueio dos estudos prejudicaria o desenvolvimento econômico da região

A decisão ainda pode ser recorrida pelo MPF junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Impactos potenciais

Especialistas em direito ambiental destacam que a manutenção dos estudos permite que a Petrobras avance em seu cronograma de avaliações na região. Caso os resultados sejam positivos, a empresa poderá dar início ao processo formal de licenciamento ambiental para operações futuras.

Por outro lado, grupos ambientalistas expressaram preocupação com a decisão, argumentando que qualquer atividade na região deveria passar por análise mais rigorosa antes de ser autorizada.