
Parece que a Confederação Nacional da Indústria está jogando uma partida de xadrez econômico e não tem medo de mover seus peços. Mesmo com aquela bombástica notícia das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos – algo que faria qualquer analista suar frio – a CNI manteve sua projeção de crescimento do PIB brasileiro firmemente em 2,3% para este ano.
Não é todo dia que se vê uma instituição segurar tão convictamente suas previsões diante de ventos contrários. A decisão veio após reunião do Conselho Econômico da entidade, que analisou os possíveis impactos da medida americana. E olha, a conclusão foi bastante clara: o efeito será limitado, quase marginal, no desempenho geral da nossa economia.
Mas por que tanta confiança?
Bom, os técnicos da CNI explicam que o baixo nível de utilização da capacidade instalada – a famosa NUCI – está dando um fôlego danado para a indústria nacional. Traduzindo: nossas fábricas ainda têm bastante espaço para produzir mais sem precisar de investimentos pesados imediatos. É como ter gasolina no tanque para queimar ainda.
E tem mais. A previsão de inflação controlada e juros em trajetória de queda criam um cenário… como dizer… propício para que o consumo interno segure as pontas. As famílias brasileiras, com um pouquinho mais de confiança no bolso, tendem a manter a roda da economia girando.
- Resiliência industrial: O setor mostrou capacidade de adaptação rápida
- Consumo interno forte: As expectativas das famílias melhoraram significativamente
- Entrada de capital: O fluxo de investimentos estrangeiros segue estável
Não vou negar – a medida americana pegou mal. Afetará setores específicos, sem dúvida. Mas no grande tabuleiro macroeconômico, parece ser mais um revés temporário do que uma mudança de jogo. A CNI, ao que tudo indica, está apostando na força interna da economia brasileira para compensar esses golpes externos.
Resta agora esperar para ver se essa confiança toda se concretiza. Se a previsão se confirmar, será uma vitória e tanto para o planejamento econômico nacional. Mas se erraram… bem, melhor nem pensar nessa possibilidade agora.