
Parece que o litoral catarinense está prestes a ganhar um novo visual — e não, não é só por causa das ondas caprichosas ou dos veranistas desfilando suas roupas de praia. O Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC) resolveu botar ordem na casa — ou melhor, na areia — com uma norma inédita para licitações de obras de alargamento das praias.
Quem já tentou construir um castelinho de areia sabe: sem base sólida, a coisa desmorona. E parece que o TCE pensou igual. A nova regra, que já está valendo, exige transparência total nos processos. Nada de "achismos" orçamentários ou projetos mirabolantes sem pé nem cabeça.
O que muda na prática?
- Orçamento blindado: Agora, as empresas precisam justificar cada centavo como se estivessem explicando para a avó por que gastaram todo o dinheiro do lanche.
- Prazos realistas: Adeus àquelas promessas de "praia nova em 15 dias" — o cronograma tem que bater com a realidade, ou melhor, com as marés.
- Fiscalização reforçada: O TCE vai ficar de olho mais apertado que mãe em primeiro dia de praia.
E não é que já tem gente torcendo o nariz? Alguns prefeitos reclamam que a burocracia vai atrasar obras urgentes. Mas os técnicos do Tribunal rebatem: "Melhor demorar e fazer direito do que gastar dinheiro público em areia movediça financeira".
E o meio ambiente?
Ah, isso é outro ponto quente — literalmente. Com as mudanças climáticas batendo na porta (ou nas dunas), qualquer obra agora precisa provar que não vai virar uma dor de cabeça ambiental daqui a cinco anos. Biólogos e geólogos terão assento cativo nas comissões de análise.
Pra ser sincero, a medida chega em boa hora. Lembra daquela obra em Balneário Camboriú que ficou famosa por todos os motivos errados? Pois é. O TCE parece ter aprendido a lição.
E você, o que acha? Medida necessária ou excesso de zelo? Uma coisa é certa: quando o assunto é dinheiro público e praia, melhor pecar pelo excesso de cuidado. Até porque, como dizem os mais antigos, "maré cheia não perdoa" — e fiscalização também não.