Parada da Diversidade de Teresina é oficializada como Patrimônio Cultural do Piauí — um marco histórico para a comunidade LGBTQIAPN+
Parada da Diversidade de Teresina é patrimônio do PI

Não é todo dia que a gente vê a história sendo feita com tanta emoção e cores. Mas na última sexta-feira (5), algo realmente especial aconteceu no Palácio de Karnak. O governador Rafael Fonteles pegou a caneta e, com um gesto que parece simples mas carrega um peso monumental, transformou a Parada da Diversidade de Teresina em Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Piauí.

Pensa só: uma festa que já é pura alegria, agora também é oficialmente memória viva. Um registro permanente da luta, da resistência e, claro, da enorme vontade de celebrar quem se é.

Um Ato que Vai Muito Além do Simbólico

O decreto de número 21.598 não é apenas mais um documento oficial. Ele é, na verdade, um reconhecimento concreto. Um abraço do estado para uma população que, por décadas, foi invisibilizada e marginalizada. Ao elevar a Parada ao status de patrimônio, o governo estadual está basicamente dizendo: “Essa história importa. Essa cultura importa. Essas vidas importam.”

E olha, a solenidade de assinatura foi ela própria um evento cheio de significado. Representantes de mais de 30 entidades e movimentos sociais lotaram o espaço. Dava pra sentir no ar aquela mistura de alegria, alívio e uma certa dose de incredulidade — afinal, quantas vezes sonharam com um momento desses?

O que Significa, na Prática, ser Patrimônio Imaterial?

Bom, a coisa é bem mais profunda do que apenas um título bonito. Esse reconhecimento gera obrigações. O estado agora tem o dever de:

  • Promover ações para a salvaguarda e preservação da memória do evento.
  • Criar políticas públicas que garantam a continuidade da Parada.
  • Proteger e valorizar as manifestações culturais LGBTQIAPN+ que ali acontecem.

É uma forma de blindar a celebração, garantindo que as futuras gerações vão poder conhecer e viver essa experiência. Um passo firme contra a intolerância e o apagamento.

Rafael Fonteles não economizou palavras. Disse que a parada é um “evento de extrema relevância” e uma “importante manifestação cultural”. Mas todo mundo que já pisou na avenida durante a festa sabe que é muito mais que isso. É um ato de coragem, um respiro de liberdade e uma aula de cidadania ao ar livre.

O evento, que já está na sua 23ª edição, praticamente moldou o calendário cultural da capital. E agora, finalmente, ganha o respeito institucional que sempre mereceu. Uma vitória, sem dúvida, para toda a sociedade piauiense.