Tiroteios chocam Vila Velha: um morto e três feridos em ataques violentos
Tiroteios em Vila Velha: 1 morto e 3 baleados

A noite de terça-feira (5) em Vila Velha não foi como qualquer outra. Enquanto alguns dormiam tranquilamente, outros enfrentaram o pesadelo da violência urbana — aquela que chega sem aviso e deixa marcas profundas. Por volta das 22h30, os bairros Santa Mônica, Praia da Costa e Praia de Itaparica viraram palco de cenas que ninguém gostaria de presenciar.

De repente, estampidos. Muitos. Quem ouviu até pensou em fogos de artifício — ilusão que durou segundos. Era metralha contra concreto, pânico nas ruas escuras. "Parecia filme de ação, mas era a nossa realidade", contou um morador do Santa Mônica, ainda abalado.

O saldo trágico

Quando a poeira baixou, a conta era amarga:

  • 1 vida perdida — homem de 28 anos, atingido no peito, não resistiu
  • 3 feridos — dois em estado grave, um com lesões leves
  • Dezenas de casas atingidas — janelas estilhaçadas, paredes marcadas

Os hospitais da região ficaram lotados de madrugada. Enquanto médicos lutavam para salvar vidas, parentes das vítimas faziam perguntas sem resposta: "Por que aqui? Por que agora?"

O que se sabe até agora

A Polícia Militar — que chegou rápido, mas não rápido o bastante — trabalha com três hipóteses:

  1. Acerto de contas entre facções
  2. Disputa por pontos de drogas
  3. Vingança pessoal (essa, menos provável)

"Tem cara de guerra de quadrilhas, mas não podemos afirmar nada ainda", disse um delegado que preferiu não se identificar. Os investigadores estão analisando câmeras de segurança — algumas, ironicamente, instaladas recentemente num programa de redução de criminalidade.

Enquanto isso, nas redes sociais, os moradores estão entre o medo e a revolta. Alguns postam vídeos dos estragos; outros cobram ações concretas. "Todo mês a mesma história", escreveu uma professora do bairro. Ela tem razão: só em julho, foram 14 ocorrências similares na Grande Vitória.

O governador do ES já se manifestou — prometeu reforço policial e "medidas enérgicas". Mas os vizinhos das vítimas sabem: promessas não estancam sangramento. O que querem é ver ruas seguras de manhã, de tarde e, principalmente, de noite.