Era pra ser mais um dia comum, sabe? Aquela rotina que a gente nem pensa duas vezes. Jefferson saiu de casa só pra buscar o sobrinho – coisa simples, do cotidiano. Mas na volta, tudo mudou. De repente, o ordinário virou tragédia.
Por volta das 18h30 de segunda-feira (26), na Rua São Pedro, no bairro Nova Bethânia, o inesperado aconteceu. Dois caras numa moto – aquela cena que infelizmente já virou clichê nas notícias – se aproximaram e simplesmente abriram fogo. Doze tiros. Doze! Não foi assalto, não foi briga. Foi execução pura.
Jefferson da Silva Oliveira, 39 anos, não resistiu. Morreu no local mesmo, ali mesmo na rua onde tantas crianças brincam, onde vizinhos conversam no fim de tarde. A violência chegou sem avisar e roubou uma vida que estava apenas cumprindo seu papel de tio dedicado.
O que Sobra do Caos
A Polícia Civil já corre atrás de pistas – porque é isso que resta depois que o estrago tá feito. Eles suspeitam, e com razão, que Jefferson já era alvo. Que isso não foi aleatório, não foi um crime passionaL ou qualquer coisa do tipo. Tinha intenção por trás.
O sobrinho, uma criança, testemunhou tudo. Imagina o trauma? O menino agora carrega nas memórias infantis uma cena de pesadelo que nenhuma criança deveria ver.
Um Retrato que se Repete
Viana, como tantas outras cidades do Espírito Santo e do Brasil, vive esse paradoxo: comunidades pacatas que convivem com a possibilidade constante da violência. Nova Bethânia é mais uma que entra pra estatística triste de bairros marcados pelo sangue.
E a pergunta que fica, ecoando nas varandas e nos grupos de WhatsApp: até quando? Até quando famílias inteiras vão viver com medo de sair pra rua? De fazer algo banal como buscar uma criança na escola?
Enquanto isso, Jefferson vira mais um número. Mais uma notícia que a gente lê, se indigna por cinco minutos, e depois segue rolando o feed. Mas pra família dele, é o mundo inteiro que desmoronou.
