Taxista de 75 anos relata terror após agressão brutal em Patrocínio Paulista: 'Pensei que fosse morrer'
Taxista de 75 anos agredido em SP: 'Pensei que fosse morrer'

Não foi um dia qualquer para o senhor Geraldo*, taxista aposentado que ainda roda pelas ruas de Patrocínio Paulista para complementar a renda. Naquela tarde de segunda-feira, o que começou como mais uma corrida rotineira se transformou num pesadelo que ele jamais esquecerá.

"Quando ele começou a me bater, eu só consegui pensar: é hoje que vou embora", conta o idoso, ainda visivelmente abalado. Os hematomas no rosto e nos braços são testemunhas silenciosas da brutalidade que sofreu.

O ataque que chocou a cidade

Tudo aconteceu rápido demais. O passageiro — um homem que parecia ter uns 30 e poucos anos — entrou no táxi como qualquer outro. Nada no comportamento dele deixava transparecer o que viria a seguir. "Falou o destino normal, nem tom de voz diferente tinha", lembra Geraldo.

Mas quando pararam num semáforo, o inesperado:

  • Primeiro foram os socos no rosto, sem aviso
  • Depois, puxões de cabelo com força desmedida
  • O agressor gritava coisas sem sentido, como se estivesse em transe

"Eu tentava me proteger, mas com 75 anos, o que podia fazer?", questiona o taxista, mostrando as mãos ainda tremulas. Felizmente, a intervenção de um motociclista que passava pelo local interrompeu o ataque.

As consequências além dos ferimentos

O físico dói, mas o psicológico... ah, esse demora muito mais para sarar. Desde o ocorrido, Geraldo diz que não consegue mais trabalhar com a mesma tranquilidade. "Todo passageiro que entra no carro, meu coração dispara. Parece que vou reviver tudo de novo."

A delegacia local já abriu inquérito para apurar o caso, mas até agora o agressor permanece solto — fato que só aumenta a angústia da vítima. "Como pode alguém fazer isso e simplesmente sumir?", indaga o filho do taxista, que acompanha o pai desde o ocorrido.

Enquanto isso, na pequena Patrocínio Paulista, o caso virou assunto nas ruas e nas redes. Uns falam em aumento da criminalidade, outros em problemas de saúde mental não tratados. O certo é que deixou marcas profundas — tanto no corpo do idoso quanto na sensação de segurança da comunidade.

*Nome alterado para preservar a identidade da vítima