Sinalizadores em Show de Travis Scott no The Town Deixam Público em Alerta: Entenda o Caso
Sinalizadores assustam público no show de Travis Scott

Não era exatamente o tipo de fogos de artifício que o público esperava ver no show do Travis Scott no The Town, neste domingo. Logo no início da apresentação, por volta das 21h, um — pasmem — sinalizador verde foi acionado no meio da multidão, seguido por outro, de cor laranja. O clima, que era de euforia total, deu uma esfriada na hora.

As luzes verdes e alaranjadas cortando o céu noturno do Autódromo de Interlagos… a cena foi bonita, até, mas assustadora pra caramba. Quem tava lá descreve aquele momento como um "baque real". A galera, que há poucos minutos pulava e cantava, parou. Uns correram, outros se agacharam. O instinto de self-preservation falou mais alto.

E não é pra menos. A memória coletiva — e aí a gente não tem como fugir — ainda é muito fresca da tragédia no Astroworld, em 2021, onde dez pessoas morreram justamente durante um show do rapper. Ver aqueles sinalizadores iluminando a noite paulistana… foi um déjà vu macabro. Um misto de incredulidade e medo.

A Reação Imediata: Pânico e Fúria nas Redes

As redes sociais, claro, viraram um caldeirão fervendo. Vídeos dos clarões verdes pipocaram no Twitter, no Instagram, no TikTok. A hashtag #TheTown começou a trendiar, mas não por um motivo bom. "Não é possível que tão repetindo a mesma burrice", escreveu um usuário. "Meu coração saiu pela boca, juro", postou outra fã, ainda tremula.

O pior é que o show nem foi interrompido. O Travis Scott seguiu no palco, praticamente ignorando o ocorrido — o que, convenhamos, foi uma escolha no mínimo… questionável. A produção do evento, por sua vez, emitiu um comunicado meia-boca depois, dizendo que "tomou conhecimento do fato e que os protocolos de segurança foram acionados". Protocolos? Quais? Ninguém viu nada.

Um Problema Antigo e que Parece não ter Solução

O pior de tudo é que isso não é novidade. Sinalizadores em shows de rap, infelizmente, quase viram uma tradição perigosa. Uma prática burra que alguns fãs teimam em manter, como se fosse um símbolo de admiração. Só que não é. É um perigo real, um risco desnecessário.

Especialistas em segurança de evento já cansaram de alertar: esses artefatos queimam a temperaturas altíssimas, podem causar queimaduras graves, incêndios e, claro, pânico em massa. Jogar um no chão de um show lotado é uma irresponsabilidade sem tamanho. É brincar com fogo, literalmente.

O que fica depois de uma noite dessas? Além do gosto amargo na boca, uma pergunta que não quer calar: até quando as produções vão fechar os olhos para essa cultura? Até quando a "cultura do caos" — como o próprio Travis Scott prega — vai se sobrepor ao básico da segurança? O público merece mais. Muito mais.