
Imagine estar no seu local de trabalho, fazendo o que sempre fez, e de repente virar alvo de uma agressão absurda. Foi exatamente o que aconteceu com um motorista de ônibus em Salvador na última quarta-feira (30). O profissional — que prefere não se identificar — levou uma martelada nas costas sem qualquer motivo aparente. Sim, você leu certo: um martelo.
A cena, digna de filme de terror, aconteceu por volta das 14h, quando o passageiro simplesmente sacou o objeto e atacou. Segundo testemunhas, o agressor parecia "fora de si", mas ninguém esperava por algo tão brutal. O motorista, claro, ficou em choque. "Do nada, senti uma dor insuportável", contou ele, ainda abalado.
E o agressor? Sumiu no mundo
Enquanto o motorista recebia atendimento — felizmente, sem ferimentos graves —, o autor da agressão fugiu como um rato. A polícia já está nas buscas, mas até agora... nada. Alguém aí se surpreende?
E olha que isso não é um caso isolado. Só neste ano, já foram registradas pelo menos cinco agressões a motoristas de transporte público na capital baiana. A categoria, claro, está revoltada. "A gente se arrisca todo dia e ainda tem que lidar com isso", desabafou um colega de profissão.
O recado da prefeitura (ou falta dele)
A Secretaria de Mobilidade Urbana emitiu uma nota — daquelas genéricas — condenando a violência e blá-blá-blá. Mas cadê as ações concretas? Proteção nos ônibus? Câmeras que funcionam? Parece que é sempre assim: acontece a tragédia, todo mundo se comove, e depois... silêncio.
Enquanto isso, os motoristas seguem trabalhando com medo. E a população, refém de um sistema que não protege nem quem o mantém funcionando.