Numa noite que começou como qualquer outra em Itu, o silêncio foi quebrado por rajadas de tiros. Anderson de Oliveira, 41 anos, não teve chance. O ataque foi rápido, brutal — e, infelizmente, fatal.
Segundo testemunhas, tudo aconteceu por volta das 22h30 na Rua dos Ipês. "Parecia fogos de artifício no começo", contou um morador que preferiu não se identificar. Até que os gritos começaram.
O que se sabe até agora
A vítima, conhecida na região por trabalhar como mecânico, recebeu múltiplos disparos no peito e na cabeça. Quando a equipe do SAMU chegou, já era tarde demais. "Era uma cena dantesca", comentou um dos paramédicos, ainda visivelmente abalado.
Curiosamente — ou talvez não —, o local fica a menos de 500 metros da delegacia mais próxima. Isso levanta questões sobre a ousadia dos criminosos ou, quem sabe, a falha no policiamento.
Reação da comunidade
No dia seguinte, o clima na vizinhança era de medo e revolta. "A gente vive trancado em casa como se estivesse num filme de terror", desabafou Dona Maria, aposentada de 68 anos que mora há décadas no bairro.
Entre os boatos que circulam (e há muitos), fala-se em:
- Dívida não quitada
- Briga por ponto de drogas
- Até mesmo caso de identidade equivocada
A polícia, é claro, nega especulações. "Estamos seguindo todas as pistas", garantiu o delegado responsável, evitando dar detalhes que possam comprometer as investigações.
Um retrato preocupante
Itu, aquela cidade conhecida pelo exagero, agora ganha manchetes por um motivo bem menos humorado. Só neste ano, os homicídios dolosos subiram 23% na região — e ninguém parece ter uma solução mágica.
Enquanto isso, a família de Anderson prepara o velório. A esposa, em lágrimas, recusou entrevistas. "Ele era um homem trabalhador", foi tudo que conseguiu dizer um primo, antes de fechar o portão com força.
