Parecia mais um caso triste, daqueles que terminam em arquivo esquecido: uma idosa de 73 anos, encontrada sem vida em sua casa. A princípio, tudo indicava um acidente doméstico – algo terrível, claro, mas infelizmente comum. Maria Inês Felippe, diretora de escola aposentada, merecia mais do que essa conclusão apressada.
Mas algo não cheirava bem. Literalmente.
Os peritos do IC, ao chegarem ao apartamento no elegante Condomínio San Conrado, notaram algo que destoava completamente da narrativa inicial. O corpo já estava em avançado estado de decomposição – e olha que estamos falando de setembro, mês ainda fresco em Ribeirão Preto. O cheiro, ah, o cheiro era simplesmente insuportável, segundo relatos dos investigadores.
O que os olhos não veem, o nariz sente
Aqui começa a primeira grande virada. A Polícia Civil, sempre atenta aos detalhes que passam despercebidos, notou que a vítima apresentava marcas incompatíveis com uma simples queda. Hematomas, arranhões… Coisas que não batiam com a história contada pela família.
E falando em família, aí é que a coisa fica realmente interessante. A filha da vitima, aquela que deveria estar desolada, agiu de maneira… digamos, peculiar. Demorou nada menos que três dias para reportar o desaparecimento da mãe. Três dias! Quando finalmente decidiu avisar as autoridades, já era tarde demais.
Dinheiro, sempre o dinheiro
As investigações, conduzidas com maestria pelo delegado Marcelo Alves, revelaram um emaranhado financeiro digno de novela das nove. A filha – cujo nome a gente evita mencionar por questões legais – tinha acesso às contas bancárias da mãe. E adivinhem? Movimentações suspeitas foram detectadas logo após o suposto falecimento.
Não contente em allegedly sugar os recursos em vida, parece que a herdeira decidiu acelerar o processo de herança. Que coisa, não? O ser humano realmente não tem limites quando o assunto é dinheiro.
O caso tomou proporções tão graves que agora é investigado como homicídio doloso – aquele com intenção de matar, para quem não é familiarizado com juridiquês. A filha, obviamente, nega tudo. Alega que a mãe sofria de problemas de saúde e que a morte foi natural.
Mas a perícia não mente. E os peritos garantem: as lesões no corpo da idosa contam uma história muito diferente. Uma história de violência, traição e ganância familiar.
Enquanto isso, em Ribeirão Preto, a comunidade se pergunta como algo assim pode acontecer numa cidade tão acolhedora. O caso serve como alerta para todos nós: às vezes, o perigo mora ao lado. Bem mais perto do que imaginamos.
A investigação continua, é claro. Novos desdobramentos são esperados a qualquer momento. E você pode ter certeza de que vamos acompanhar cada passo dessa trama que mistura crime, família e muito, muito dinheiro.
