
O que era pra ser mais uma noite tranquila virou um pesadelo sem fim. De repente — bum! bum! — os primeiros disparos ecoaram pelas vielas do Morro do Fubá, na Zona Norte do Rio. E aí, meu amigo, foi o caos total.
"Parecia filme de guerra, só que a gente tava no meio", conta Dona Maria, 62 anos, ainda tremendo enquanto fala. Ela, que mora há décadas na comunidade, nunca viu coisa igual. "Até esconder debaixo da cama a gente aprendeu, viu?"
O que rolou de verdade
Segundo fontes locais (que preferiram não se identificar, óbvio), o barraco começou por causa de um ponto de venda disputado por duas facções rivais. Só que dessa vez a parada escalou rápido demais:
- Tiros começaram por volta das 22h e só pararam com o sol raiando
- Pelo menos 5 casas atingidas por balas perdidas — sorte que ninguém se feriu
- Mães com crianças pequenas passaram a noite no chão, longe de janelas
- Comércio fechado, transporte parado, vida normal simplesmente evaporou
E o pior? Isso já virou rotina. "Toda semana é isso, parece que ninguém se importa", desabafa um jovem morador, que pediu pra chamá-lo só de "Léo".
E as autoridades?
Bom... a PM diz que fez operação, blá-blá-blá. Mas os moradores riem — com raiva — quando ouvem isso. "Apareceram duas viaturas rápido, deram uns tiros pra cima e vazaram", relata uma professora da creche local.
Enquanto isso, o governador posta foto em evento chique e o prefeito fala de "políticas de segurança eficientes". Só que no chão de fábrica, na vida real das pessoas, a história é outra.
"A gente vive num limbo", define Seu Jorge, 58 anos. "Nem o Estado nem os traficantes resolvem nada. E nós? Somos reféns dos dois lados."