Tragédia na Bahia: Entregador Executado a Tiros em Assalto Brutal em Feira de Santana
Entregador executado a tiros em assalto na Bahia

Era pra ser mais uma noite comum de trabalho. Mas o que deveria ser uma simples entrega de comida se transformou num pesadelo sem volta. Por volta das 21h dessa quarta-feira (3), o entregador Edvan Ferreira dos Santos, de 33 anos, chegou ao endereço solicitado no bairro Muchila – e caiu numa armadilha mortal.

Testemunhas contam que dois indivíduos – ainda não identificados – aproximaram-se do motociclista como sombras. Não houve diálogo. Não houve negociação. Apenis os estampidos secos de pelo menos três disparos que ecoaram na escuridão.

Fuga Covarde e Corrida Contra o Tempo

Os assassinos fugiram como ratos. Deixaram para trás uma moto Honda CB 300F vermelha – a ferramenta de trabalho de Edvan – e uma vida interrompida brutalmente.

Quando a Polícia Militar chegou, já era tarde demais. Os socorristas do Samu tentaram reanimá-lo no local, mas os ferimentos eram gravíssimos. O que restou foi o silêncio pesado e a pergunta que não cala: até quando?

"A gente vive com medo de ser o próximo", desabafa um colega entregador que preferiu não se identificar. "É como se nossa farda invisível fosse um alvo pintado nas costas."

O Homem Por Trás do Capacete

Edvan não era apenas mais um número nas estatísticas. Era pai, marido, provedor. Trabalhava incansavelmente sobre duas rodas para sustentar a família – como tantos outros heróis anônimos das ruas brasileiras.

Seu corpo foi encaminhado ao Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde peritos do Instituto Médico Legal (IML) farão os exames de praxe. Enquanto isso, a Delegacia de Homicídios de Feira de Santana (DHFS) assumiu as investigações.

Estão revirando câmeras de segurança da região e colhendo depoimentos. Mas, sabe como é – nas periferias, o medo muitas vezes cala mais alto que a justiça.

Um Problema Que Não É Isolado

Este não é um caso isolado. Longe disso. A violência contra trabalhadores de aplicativo virou epidemia silenciosa país afora. Homens e mulheres que arriscam a pele – literalmente – para levar sustento às famílias brasileiras.

Enquanto as autoridades discutem protocolos, trabalhadores como Edvan pagam com a vida pela falta de políticas efetivas de segurança. Uma tragédia anunciada que se repete diariamente nas esquinas escuras do Brasil.

A pergunta que fica: quantos mais precisam morrer antes que algo mude?