Criança Grava Pânico com Tiros de Fuzil em São Paulo: 'Mataram o Cara!' — Veja o Vídeo Chocante
Criança grava tiros de fuzil em SP: "Mataram o cara!"

Era pra ser uma tarde qualquer. Dessas em que o barulho de fundo é a TV ligada e o vai-e-vem da rua. Mas de repente — papoc, papoc, PAPOC — o som seco de disparos corta o ar. E não eram estalinhos de São João, não. Era o estampido seco, metálico, inconfundível de um fuzil.

Uma criança, cuja maior preocupação deveria ser a lição de casa ou o desenho animado, vira repórter involuntária do caos. A câmera do celular treme nas mãos pequenas enquanto a voz infantil, entre o curioso e o aterrorizado, comenta o inacreditável: “Liga pra tua mãe… mataram o cara!”. A fala, dessas que grudam na memória, é um soco no estômago de qualquer um.

O cenário é a Zona Leste de São Paulo, região que, infelizmente, já está mais do que acostumada com esse tipo de notícia. Mas ver por trás dos olhos de uma criança? Isso é de cortar o coração. A filmagem, curta e caótica, mostra o momento em que criminosos abrem fogo contra um homem, identificado depois como Ruy Ferraz. A investida foi tão violenta — e tão precisa — que a vítima não resistiu.

Não é Filme, é Vida Real (Infelizmente)

O que mais choca, talvez, seja a naturalidade com que a situação é tratada. A voz da criança, embora assustada, parece quase… habituada com a barbárie? É um misto de medo e uma resignação trágica, como se aquela fosse apenas mais uma cena do seriado violento que virou a vida nas periferias. Ela não chora, não grita. Narra. E isso é, de longe, a parte mais dolorosa de toda a história.

As investigações, claro, correm sob sigilo. A Polícia Civil não soltou muitos detalhes, mas trabalha com a hipótese de execução — um acerto de contas do crime organizado que escolheu a rua como palco e os cidadãos como plateia cativa. Enquanto isso, Ruy Ferraz vira mais um número numa estatística macabra, e uma criança qualquer carrega nas costas o peso de uma memória que nenhum pequeno deveria ter.

O caso escancara, de novo, uma ferida que não para de sangrar: a violência armada nas grandes cidades e a exposição constante de inocentes a cenários de guerra. Onde vamos parar, meu Deus? Quando é que o barulho de fogos vai voltar a ser só festa, e não motivo para se jogar no chão?