
Era pra ser mais uma manhã comum de quarta-feira (4) em Marituba, região metropolitana de Belém, mas o trajeto rotineiro de dois estudantes virou um pesadelo às 8h30. De repente — dessas coisas que a gente nunca espera que aconteça com a gente — um meliante armado com uma faca surgiu do nada e decidiu que aquela bicicleta seria dele.
Imagina a cena: os dois jovens, seguindo tranquilamente pela Rua 10 de Novembro, no bairro do Centro, quando são interceptados por um indivíduo que não mediu consequências. Ameaçou, mostrou a arma branca e exigiu a bicicleta. Não deu tempo de reagir, pensar ou gritar. Em segundos, o bandido fugiu levando o veículo, deixando para trás apenas o susto e a sensação de vulnerabilidade.
Segundo relatos, o assaltante agiu sozinho — mas com uma determinação que assustou. Os estudantes, é claro, ficaram em choque. Quem não ficaria? A Polícia Militar foi acionada rapidamente, mas até o momento ninguém foi preso. A bike sumiu. E o medo, esse, instalou-se.
Não é o primeiro e dificilmente será o último
Pois é. Quem mora em Marituba — ou em qualquer periferia deste país — já sabe: roubo de bicicleta não é novidade, mas a ousadia de fazer isso à luz do dia, com arma branca e contra jovens, é de revirar o estômago. A gente se pergunta: cadê a segurança? Cadê o policiamento? Será que só vamos lembrar que existem vidas em jogo quando a notícia vira estatística?
E olha, bicicleta pra muitos não é só um meio de transporte — é como o carro da família, o conduite diário, a perna que falta. Levar isso à força é mais que um roubo: é uma violência social disfarçada de crime comum.
E agora, o que fazer?
A PM confirmou que está investigando — mas a população pede mais. Pedem ação, prevenção, presença. Enquanto isso, a recomendação é a de sempre: evitar áreas desertas, não reagir e, claro, registrar a ocorrência. Mas convenhamos: ninguém deveria precisar viver com medo de andar na rua de dia.
O caso segue aberto. E a cidade, apreensiva. Será que amanhã pode ser comigo? Com você? Com um filho seu? A pergunta fica no ar — assim como a sensação de que, enquanto nada mudar, histórias como essa vão continuar se repetindo.