
O que começou como mais uma manhã de quinta-feira em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, rapidamente se transformou em um cenário de guerra urbana. Por volta das 6h30, o silêncio do bairro foi quebrado por rajadas de tiros — e não foram poucos.
A Polícia Civil, em uma ação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), partiu para cima de uma facção criminosa que aterroriza a região. O alvo? Um grupo fortemente armado, ligado à milícia, acusado de comandar um esquema pesado de extorsão contra comerciantes locais. Imagina acordar e ter que pagar para 'trabalhar em paz'? Pois é.
O Confronto que Ninguém Esperava
Os agentes chegaram com mandados de busca e apreensão, mas a receptividade foi zero. Os suspeitos, ao invés de cooperar, responderam com fogo. E não foi um tiroteio qualquer — foi intenso, prolongado, daqueles que deixam a comunidade em pânico.
Quando a poeira baixou, o saldo era trágico: seis suspeitos mortos. Dois policiais ficaram feridos na troca de tiros, mas, pelo que se apurou, passam bem. No local, a polícia apreendeu uma arma de fogo — detalhe importante, já que a quantidade de tiros disparados sugere que havia muito mais armas em jogo.
O Que a Operação Revela?
Esta operação não foi um fato isolado. Ela faz parte de uma investigação maior, que desvendou um braço financeiro da milícia na área. Estamos falando de cobrança de taxas ilegais, ameaças, e um domínio territorial que sufoca quem tenta empreender honestamente.
O delegado Fábio Luiz da Silva, que coordenou a ação, deixou claro: a investigação continua. E isso significa que outros envolvidos podem ter os dias contados. A mensagem que fica? O crime organizado pode ser forte, mas a resposta do estado está acontecendo — ainda que a um custo altíssimo.
Enquanto isso, os moradores de Campo Grande seguem apreensivos. Entre o alívio de uma operação bem-sucedida e o medo de possíveis retaliações, a vida na Zona Oeste do Rio segue seu curso, marcada por uma violência que, infelizmente, já virou rotina.