Policial Militar é Baleado em Abordagem Tensa na Zona Norte do Rio: Estado de Saúde é Grave
Policial militar baleado durante abordagem na Zona Norte do Rio

Numa tarde que começou como qualquer outra no agitado bairro de Água Santa, a rotina foi quebrada por gritos e o estampido seco de tiros. Por volta das 15h desta quinta-feira, o que deveria ser uma abordagem de praxe rapidamente descambou para o caos. Testemunhas relatam uma sequência de eventos tão rápida quanto assustadora.

De acordo com informações apuradas, tudo aconteceu na Rua Sargento Mário Sérgio Teixeira, uma via residencial que de repente se transformou em palco de violência. O alvo? Um homem de 31 anos, foragido da justiça – e que, ao ser surpreendido, não hesitou em reagir. A reação, no entanto, foi letal.

O cabo, um profissional com anos de experiência, não teve chance. Dois tiros certeiros o atingiram. Um no braço, outro no abdômen – este último, sempre mais preocupante. A cena que se seguiu foi de desespero contido e profissionalismo sob pressão. Colegas de farda, visivelmente abalados, prestaram os primeiros socorros no local mesmo, tentando estancar a hemorragia enquanto o relógio corria contra a vida.

Corrida Contra o Tempo

O socorro veio rápido, é verdade. O Samu chegou e fez o que pôde, estabilizando o policial para o transporte. Mas o visual era desolador: um homem forte, acostumado a enfrentar o perigo, agora vulnerável numa maca. Foi levado às pressas para o Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, uma unidade que infelizmente já está demasiado familiarizada com casos assim.

E o suspeito? Ah, esse conseguiu fugir – pelo menos inicialmente. Deixou para trás não apenas um policial ferido, mas também uma sensação amarga de impunidade. A Polícia Militar, é claro, não ficou parada. Montou uma operação de cerco na região, revirando cada beco, cada viela possível. A ordem era clara: encontrá-lo.

Uma Busca que Termina em Prisão

E encontraram. Horas mais tarde, em algum ponto da Zona Norte que as autoridades preferem não detalhar por questões operacionais, o foragido foi localizado e preso. Uma pequena vitória em meio a toda essa tragédia. Ele agora responde por tentativa de homicídio qualificado – contra um agente da lei, o que torna tudo ainda mais grave.

Enquanto isso, no hospital, a situação permanece crítica. O cabo, cujo nome a corporação preserva por protocolo, luta pela vida. Familiares e companheiros de trabalho se revezam na espera por notícias, num daqueles corredores hospitalares que parecem alongar o tempo indefinidamente.

Esse episódio serve como um lembrete cru – e um tanto óbvio, mas necessário – dos perigos que os policiais militares enfrentam diariamente nas ruas do Rio. Uma abordagem de rotina que, em segundos, vira uma luta pela sobrevivência. A cidade aguarda ansiosamente por boas notícias sobre o estado de saúde do profissional.