
A noite de terça-feira (2) terminou em tragédia nas proximidades da Praça da República, no coração de São Paulo. Um homem de 49 anos, identificado como Roberto Carlos Silva, foi encontrado sem vida após uma agressão brutal com pedaços de madeira. Só depois é que a bomba caiu: a vítima era um investigador da Polícia Civil, lotado no 7º DP.
E olha, a cena era de cortar o coração. Ele estava caído no chão, já sem sinais vitais, e o corpo apresentava marcas de uma violência inacreditável – traumatismo craniano severo, a causa da morte. A perícia não tem dúvidas: foram golpes múltiplos, muitos mesmo, desferidos com uma barra de madeira que foi abandonada ali mesmo, no local.
A Hipótese que Mais Assusta
A Polícia Militar, que chegou primeiro ao local após os chamados, não encontrou ninguém. Nada. A cena estava deserta, silenciosa, o que é, convenhamos, profundamente sinistro. A principal linha de investigação que se desenha – e é de arrepiar – é a de que se tratou de um linchamento. Um daqueles casos de justiçamento coletivo que a gente só ouve falar e torce para nunca testemunhar.
Não se sabe, pelo menos por enquanto, o que teria desencadeado essa fúria toda. O que leva uma multidão a fazer justiça com as próprias mãos? O delegado responsável pelo caso, Dr. Fábio Luis de Paula, foi direto ao ponto: “As circunstâncias do crime, a arma do crime abandonada, a ausência de testemunhas… tudo indica que podemos estar diante de um linchamento”. Ele ainda complementou, com um tom de quem já viu muita coisa: “É uma linha que estamos perseguindo com prioridade”.
Quem Era o Delegado
Roberto Carlos Silva não era um nome qualquer. Com quase trinta anos de carreira, ele era um investigador de mão cheia, um dos mais experientes do 7º Distrito Policial. Colegas o descrevem como um profissional íntegro, dedicado, daqueles que não mede esforços para resolver um caso. A notícia da morte dele deixou um buraco no departamento. Uma perda irreparável, como definiu um colega emocionado.
O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), e o enterro deve acontecer ainda nesta quarta-feira (3). Enquanto isso, as investigações correm a todo vapor. A PC vai garimpar todas as imagens de câmeras de segurança da região, na esperança de identificar os responsáveis por esse ato de barbárie.
Esse caso joga um holofote cruel sobre um problema que insiste em não ir embora: a escalada da violência e a horrível sensação de que, para alguns, a justiça tradicional não basta. Uma história triste, daquelas que fazem a gente pensar no que estamos nos tornando.